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Mercadante fará apelo à Embaixada da França para liberar entrada de estudantes brasileiros

Em carta, o ex-ministro da Educação disse haver "mecanismos que podem embasar essa autorização sem colocar em risco o povo francês, como a realização de testes e a adoção de um período de quarentena, já em território francês". Cerca de 350 alunos e pesquisadores brasileiros estão impedidos de entrar no país europeu devido a um bloqueio sanitário por causa da Covid-19

Aloizio Mercadante (Foto: Felipe Gonçalves - Editora 247)
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247 - O ex-ministro da Educação e presidente da Fundação Perseu Abramo, Aloizio Mercadante, enviará um apelo à Embaixada da França no Brasil para que cerca de 350 alunos e pesquisadores brasileiros possam estudar no país europeu. Atualmente, eles estão impedidos de entrar por causa do bloqueio sanitário contra a Covid-19.

Em carta, o ex-ministro disse haver "mecanismos que podem embasar essa autorização sem colocar em risco o povo francês, como a realização de testes e a adoção de um período de quarentena, já em território francês". "Apelamos à histórica relação fraternal e harmoniosa entre nossos povos. A educação e o intercâmbio de conhecimento científico são fundamentais inclusive na busca de soluções para a superação da pandemia em todo o mundo. A educação é também o passaporte para a emancipação dos povos", afirmou.

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Leia a íntegra da carta escrita por Mercadante publicada pelo jornal Folha de S.Paulo

"O impedimento da entrada de 350 pesquisadores e alunos brasileiros na França para estudar é resultado do descontrole do governo Bolsonaro na gestão da pandemia no Brasil. A aposta de Bolsonaro na contaminação natural e no uso da cloroquina como única medida sanitária de enfrentamento da Covid-19, somada ao boicote às medidas de distanciamento social e ao uso de máscaras e a negligência na compra de vacinas, gerou o descontrole da pandemia, resultando em quase 500 mil mortes em nosso país.

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Somos apenas o 67º país no ranking de vacinação global, quando considerado o percentual da população vacinada, e o 6º país com o maior número de pessoas não vacinadas em todo o mundo. Além disso, o Brasil é o país com mais mortes por Covid-19 em relação à sua população entre os mais populosos do mundo, segundo dados do "Our World in Data".

Levantamentos recentes indicam que se o país tivesse adotado medidas consistentes de enfrentamento da pandemia, fundamentadas na medicina baseada em evidências científicas, cerca de 300 mil mortes poderiam ter sido evitadas. A transmissão comunitária da doença avança em todos os estados do Brasil, patrocinada por um presidente que segue com sua política negacionista e de expansão do vírus.

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Por isso tudo, para preservar seus povos, diversos países do mundo, incluindo a França, adotaram severas barreiras sanitárias que impedem a entrada de brasileiros em seus territórios. Sob Bolsonaro, o Brasil se tornou uma ameaça global no que diz respeito à disseminação da pandemia.

Entretanto, considerando a natureza do pedido desses 350 brasileiros, apelamos à sensibilidade do governo francês para autorizar de forma excepcional a entrada deles no país. Há mecanismos que podem embasar essa autorização sem colocar em risco o povo francês, como a realização de testes e a adoção de um período de quarentena, já em território francês.

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Para isso, apelamos à histórica relação fraternal e harmoniosa entre nossos povos. A educação e o intercâmbio de conhecimento científico são fundamentais inclusive na busca de soluções para a superação da pandemia em todo o mundo. A educação é também o passaporte para a emancipação dos povos.

O povo brasileiro é muito maior do que Bolsonaro. Esse governo negacionista, que agride a ciência, que promove a pandemia, que destrói o meio ambiente e que ataca de forma deliberada outros povos passará. Em breve, o Brasil viverá um reencontro com sua vocação de paz, de soberania, de solidariedade, de protagonismo e de cooperação com demais nações do mundo."

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