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Brasil

Para delegados da PF, Janot é “censor da República”

Nota que critica o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi divulgada nesta quarta-feira pela Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF); manifestação acontece após pedido da Procuradoria-Geral da República para que a corporação não divulgasse qualquer nota ou informação sobre a Operação Ararath, no Mato Grosso; entidade afirma que o "fato, considerado inédito, causou grande perplexidade e indignação entre os Delegados da Polícia Federal"; para a ADPF, "essa foi a mais contundente violência sofrida pela instituição desde a redemocratização do Brasil"

Nota que critica o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi divulgada nesta quarta-feira pela Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF); manifestação acontece após pedido da Procuradoria-Geral da República para que a corporação não divulgasse qualquer nota ou informação sobre a Operação Ararath, no Mato Grosso; entidade afirma que o "fato, considerado inédito, causou grande perplexidade e indignação entre os Delegados da Polícia Federal"; para a ADPF, "essa foi a mais contundente violência sofrida pela instituição desde a redemocratização do Brasil" (Foto: Gisele Federicce)
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247 – A Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) divulgou uma nota nesta quarta-feira 21 em crítica ao pedido feito ao Supremo Tribunal Federal pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para que a corporação não divulgasse informações sobre a quinta etapa da Operação Ararath, deflagrada ontem no Mato Grosso. Na nota, os delegados chamam Janto de "censor geral da República".

A entidade diz que o pedido de Janot ao ministro Dias Toffoli, do STF, foi "estranho" e o "fato, considerado inédito, causou grande perplexidade e indignação entre os Delegados da Polícia Federal". Toffoli decidiu "calar" a Polícia Federal, afirmam os delegados. "Para os Delegados Federais, essa foi a mais contundente violência sofrida pela instituição desde a redemocratização do Brasil", atacam.

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A associação pede explicações sobre o motivo para se ter abafado informações a respeito da quinta etapa da Ararath. "Afinal, o que seria capaz de transformar o chefe do Ministério Público da União em um verdadeiro 'Censor Geral da República'", questiona o texto, que também pede esclarecimentos sobre os "reais motivos" que levaram o ministro Dias Toffoli a impedir que a PF informasse a imprensa de suas ações.

Leia a íntegra:

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CENSURA

Nota Pública da ADPF sobre censura à Polícia Federal
Essa foi a mais contundente violência sofrida pela instituição desde a redemocratização do Brasil

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Nesta terça-feira a Polícia Federal deflagrou, no estado do Mato Grosso, a quinta fase da operação Ararath que apura esquema milionário de desvio de recursos e lavagem de dinheiro, com uso de empresas de "factoring".

A investigação, que começou em 2011, apontou envolvimento de servidores dos poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e também de membros do Ministério Público estadual. Apesar da operação ter sido bem sucedida e dentro da normalidade, um fato, considerado inédito, causou grande perplexidade e indignação entre os Delegados da Polícia Federal.

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O Ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, acatou um estranho pedido do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, e decidiu "calar" a Polícia Federal. Para os Delegados Federais, essa foi a mais contundente violência sofrida pela instituição desde a redemocratização do Brasil.

A sociedade brasileira merece saber o que tornou tão singular a execução da quinta fase dessa operação com relação a tantas outras operações em tramitação no Supremo Tribunal Federal.

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Afinal, o que seria capaz de transformar o chefe do Ministério Público da União em um verdadeiro "Censor Geral da República". Também é preciso ficar mais claro, os reais motivos que levam um Ministro da mais alta corte brasileira aceitar os argumentos do Ministério Público Federal e impedir que a imprensa, seja devidamente informada sobre o trabalho da Polícia Federal, uma instituição respeitada e admirada por todos os brasileiros.

Assim, ao que parece, a "lei da mordaça", tão combatida pelo próprio Ministério Público, passa a ser defensável quando a vítima é a Polícia Federal do Brasil, uma instituição republicana, que sempre busca desenvolver suas missões com seriedade, eficiência e transparência, independente de quem esteja envolvido, direta ou indiretamente, com o crime.

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ADPF – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS DELEGADOS DE POLÍCIA FEDERAL

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