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Brasil

Paulo Sérgio Pinheiro: política dos direitos humanos está ameaçada

O ex-secretário de Estado de Direitos Humanos do governo FHC, Paulo Sérgio Pinheiro, agora também presidente da Comissão Arns pelos Direitos Humanos, alerta para a ruptura da política de Estado de Direitos Humanos no País desde a época do golpe contra Dilma Rousseff; "A política de estado dos direitos humanos está ameaçada", constata; assista 

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247 - Ex-secretário de Estado de Direitos Humanos do governo Fernando Henrique Cardoso, Paulo Sérgio Pinheiro alerta, em entrevista à TV 247, para uma ruptura da política de Estado de Direitos Humanos no Brasil desde o golpe contra Dilma Rousseff. Ele agora preside a Comissão Arns pelos Direitos Humanos, lançada oficialmente na quarta-feira, 20, na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo.

Aos jornalistas Paulo Moreira Leite e Gisele Federicce, Pinheiro ressalta a importância da Comissão no momento em que o País enfrenta graves violações. "A política de Estado dos direitos humanos está ameaçada", constata.

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O ex-ministro conta que a concepção da Comissão Arns surgiu com a série de violações ocorridas após o impeachment. "Diante da extinção do ministério dos Direitos Humanos, ocorrido no governo Temer, houve a escalada de diversas violações e diversos ataques às mulheres e negros", relata.

"Observamos vários episódios de ódio, intolerância e raiva no País. Então, chegamos à conclusão que a comissão deveria ser formada", completa. 

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Ele ainda cita várias agressões recentes que ainda estão impunes no País. "Ocorreu o assassinato de um ativista negro na Bahia (o mestre de capoeira Moa do Katendê), o crime contra Marielle Franco, que até hoje encontra-se sem resposta, além das invasões policiais nas universidades públicas", relata. 

A comissão "tem como objetivo defender a política de Estado dos Direitos Humanos" para "que não ocorra mais retrocessos no País", afirma. "Estaremos sempre abertos ao diálogo", diz. Segundo ele, o intuito do grupo não será se ater a casos específicos, mas dialogar com autoridades e se manifestar a respeito de medidas que desrespeitem os direitos humanos. 

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Quem foi Paulo Evaristo Arns, que dá nome à Comissão de Direitos Humanos

Dom Frei Paulo Evaristo Arns foi um frade franciscano e cardeal, ícone progressista da igreja no Brasil. Foi chamado de cardeal da liberdade, bispo dos oprimidos, cardeal dos trabalhadores, bispo dos presos, bom pastor, cardeal da cidadania, guardião dos direitos humanos e tantos outros.

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Durante a ditadura militar, Arns se destacou pelo postura de resistência. Em 1975, comandou na Catedral da Sé um culto ecumênico em lembrança ao jornalista  Vladimir Herzog, assassinado por agentes da ditadura. A missa virou um dos maiores símbolos de resistência contra o período de chumbo.

Relatos também apontam que, durante a missa, o arcebispo evitou um derramamento de sangue no local, tendo em vista que os militares estavam armados, na porta da Catedral, prontos para disparar contra os civis. 

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Questionado sobre como queria ser lembrado, Arns disse: "Como um homem do povo". 

Dom Frei Paulo Evaristo Arns faleceu em 2016, aos 95 anos de idade, deixando um legado imenso para os direitos humanos, caridade, e também para a igreja católica. 

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