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Brasil

Pesquisadores citados no plano de vacinação federal ficam indignados com o uso indevido de seus nomes

"Nós, pesquisadores que estamos assessorando o governo no Plano Nacional de Vacinação da Covid-19, acabamos de saber pela imprensa que o governo enviou um plano, no qual constam nossos nomes e nós não vimos o documento. Algo que nos meus 25 anos de pesquisadora nunca tinha vivido!", disse Ethel Maciel, professora da Universidade Federal do Espírito Santo

Frascos rotulados como de vacina para Covid-19 em foto de ilustração (Foto: REUTERS/Dado Ruvic)
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Sputnik – Nota assinada por cientistas citados no plano diz que material não foi apresentado previamente. "Nos causou surpresa e estranheza", diz o documento.

De acordo com informações do portal G1, um grupo de pesquisadores divulgou na noite deste sábado (12) uma nota em que diz não ter sido consultado sobre o plano de vacinação contra a COVID-19 que foi encaminhado pelo governo ao Supremo Tribunal Federal (STF).

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Os cientistas também foram às redes para falar do caso. Um dos integrantes do grupo técnico do Eixo Epidemiológico do Plano Operacional da Vacinação contra COVID-19 afirmou que os pesquisadores são colaboradores junto ao governo para o desenvolvimento do Plano Nacional de Vacinação da COVID-19.

​Eles relatam que haviam solicitado uma reunião sobre o plano apresentado e manifestado preocupação pela retirada do material "de grupos prioritários e pela não inclusão de todas as vacinas disponíveis que se mostrarem seguras e eficazes".

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"O grupo técnico assessor foi surpreendido no dia 12 de dezembro de 2020 pelos veículos de imprensa que anunciaram o envio do Plano Nacional de Vacinação da COVID-19 pelo Ministério da Saúde ao STF. Nos causou surpresa e estranheza que o documento no qual constam os nomes dos pesquisadores deste grupo técnico não nos foi apresentado anteriormente e não obteve nossa anuência", diz trecho da nota divulgada pelo grupo de pesquisadores.

© REUTERS / BRUNO KELLY

Parentes de vítimas da COVID-19 em cemitério no Brasil

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Em outro momento do texto, eles fazem um apelo para que "todas populações vulneráveis sejam incluídas na prioridade de vacinação, como indígenas, quilombolas, populações ribeirinhas, privados de liberdade e pessoas com deficiência".

Os cientistas pedem que o governo de Bolsonaro retome negociações de compra de outras vacinas para a COVID-19.

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"Novamente, vimos solicitar do governo brasileiro esforços do Ministério da Saúde para que sejam imediatamente abertas negociações para aquisição de outras vacinas que atendam aos requisitos de eficácia, segurança e qualidade, inclusive com laboratórios que reúnam condições de produção e oferta de doses de vacina e com outras empresas também com oferta de vacinas seguras e eficazes", conclui o texto.

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