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Procurador que chamou ONU de imoral é chamado para investigar mortes da ditadura

Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, escalou o procurador da República de Goiás Ailton Benedito para integrar a Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos (Cemdp),  que atua no reconhecimento e identificação de das mais de 450 vítimas da ditadura militar;  Benedito, porém, já usou as redes sociais para chamar a Organização das Nações Unidas (ONU) de "imoral" e que as pessoas ligadas à esquerda são "bactérias cadavéricas da política"

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247 - Após promover mudanças na Comissão de Anistia, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, escalou o procurador da República de Goiás Ailton Benedito para integrar a Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos (Cemdp), que foi criada por lei em 1995 para atuar no reconhecimento e identificação de das mais de 450 vítimas da ditadura militar. Benedito, porém, já usou as redes sociais para chamar a Organização das Nações Unidas (ONU) de "imoral" e que as pessoas ligadas à esquerda são "bactérias cadavéricas da política".

Indicação de Benedito, que ainda precisa de autorização do Ministério Público para assumir o cargo, vem na esteira do Decreto 9.759 do presidente Jair Bolsonaro que extinguiu o limitou a atuação de conselhos sociais e equipes relacionas na administração federal.

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O decreto presidencial acabou com equipe de 30 pessoas que atuava na identificação de restos mortais e ossadas em todo o território nacional, incluindo casos como o das valas do Cemitério de Perus, em São Paulo, e das ossadas encontradas no Araguaia, que foi palco de uma ação do governo militar contra militantes e guerrilheiros de esquerda que lutavam contra o regime. Em ambos os casos, os trabalhos foram determinados meio de ações judiciais que a União responde na Justiça Federal.

A indicação de Ailton Benedito é, no mínimo, tão polêmica quando às postagens que ele costuma fazer nas redes sociais. No dia 30 de março, ele postou que a ONU era "imoral" , devido as declarações feitas pelo relator especial da instituição de que as comemorações do golpe militar de 1964, como determinado por Bolsonaro era algo "imoral e inadmissível".

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No dia 14 do mesmo mês, o procurador "escreveu "esquerdistas são bactérias cadavéricas da política. Precisam de ração diária de cadáveres de pessoas inocentes, para alimentar sua ideologia criminosa. No Brasil, eles devoram 164 cadáveres de brasileiros assassinados diariamente, 60 mil por ano, 500 mil na última década".

Questionado pela revista Época se dará sequência os trabalhos da comissão, Ailton Benedito disse que somente falará sobre o assunto após ser formalmente designado

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