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Professores de Brasília decidem cruzar os braços

Categoria decretou indcio de greve em assembleia geral feita nesta manh (8); a partir de segunda-feira, cerca de 550 mil alunos da rede pblica ficaro sem aula; docentes querem reestruturao da carreira e reajuste salarial

Professores de Brasília decidem cruzar os braços (Foto: Divulgação/Sinpro DF)
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Natalia Emerich _Brasília247 – Sem acordos e reajustes, os 28 mil professores da rede pública do Distrito Federal decidiram cruzar os braços por tempo indeterminado a partir de segunda-feira (12). O indicativo de greve foi aprovado pela categoria em assembleia geral na manhã desta quinta-feira (8).

A paralisação começará em três dias para respeitar o prazo mínimo de 72 horas exigido por lei para que as autoridades tomem conhecimento do movimento. A assessoria de imprensa da Secretaria de Educação informou que o descumprimento do prazo pode tornar a greve ilegal. Com a greve, a partir de segunda-feira aproximadamente 550 mil alunos matriculados na rede pública terão as aulas suspensas.

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Os professores reivindicam equiparação salarial com as demais categorias de nível superior do governo, reestruturação do Plano de Carreira e implementação do plano de saúde. Segundo a comissão de negociação do Sindicato dos Professores (Sinpro), as promessas foram feitas pelo governo em abril de 2011 e reafirmadas em outubro do mesmo ano.

O principal ponto de discórdia entre a categoria e governo é o reajuste salarial. De um lado, os docentes cobram aumento no valor do vencimento, e do outro, o Executivo tenta convencê-los da necessidade de cortar gastos. Enquanto professores afirmam que o acordo não foi cumprido, o governo enfatiza que as negociações estão avançadas e que as reivindicações foram atendidas.

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Sem acordos

Na última semana membros do Executivo, entre eles o governador Agnelo Queiroz, receberam dirigentes do movimento três vezes para tentar solucionar o impasse. O último encontro foi na tarde de quarta-feira (7). Durante a reunião, que durou 40 minutos, os secretários de Educação, Denilson Costa, e de Administração Pública, Wilmar Lacerda, além de uma equipe técnica da Secretaria da Fazenda, tentaram convencer a categoria a manter as atividades.

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Em carta aberta ao Sinpro, enviada na noite de ontem, o governo listou uma série de ações feitas em prol dos professores e educadores em 2011. Entre elas está o reajuste salarial dos docentes, que segundo o documento foi a maior de todas as categorias, de 13,83% (6,36% em março/2011, 4,78% em setembro/2011 e 2,69% em março/2012).

No texto, as autoridades reconheceram o direito de reivindicação dos profissionais, mas pediram que a categoria avaliasse o processo de negociação com consciência e maturidade. Isso porque a maior reivindicação, de aumento salarial, vai contra o pacote de medidas de restrição financeira anunciado pelo governo em 29 de fevereiro. Objetivo dos cortes é evitar que o gasto público ultrapasse o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)

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Oito dias antes da assembleia geral de hoje o poder público anunciou 10 ações de contenção de despesas. Entre as medidas estão a suspensão de reajustes para servidores do DF e a suspensão de concursos até maio. Nem membros do primeiro escalão do governo escaparam. Os salários do governador, do vice-governador, de secretários e de administradores regionais foram reduzidos em 10%.

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