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Queimadas da Amazônia podem levar ao aumento de casos de câncer de pulmão na população

Segundo o médico pneumologista Alexandre Milagres, os incêndios na floresta amazônica provocam doenças especialmente no aparelho respiratório e no aparelho cárdio-cerebrovascular

(Foto: REUTERS/Bruno Kelly)
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Sputnik Brasil - Um estudo divulgado nesta quarta-feira (26) mostrou que cerca de 2.195 pessoas foram hospitalizadas por problemas respiratórios causados pela inalação de ar poluído pela fumaça das queimadas que atingem a Amazônia.

O levantamento é uma parceria entre o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), Instituto de Estudos de Políticas de Saúde (IEPS) e a Human Rights Watch (HRW).

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Entre as pessoas afetadas, há 467 bebês e 1.080 idosos com mais de 60 anos, que correspondem a 70% das hospitalizações, informou o relatório.

Em entrevista à Sputnik Brasil, Alexandre Milagres, médico pneumologista, elogiou o estudo feito pelo grupo e disse que as queimadas têm trazido efeitos negativos para a saúde da população da região.

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"É inegável que essas queimadas na Amazônia têm contribuído muito para o adoecimento da população, principalmente daquela área. Também tem gerado um número imenso de internações de pessoas adultas, idosas e crianças, com efeito até na saúde neonatal", afirmou.

Alexandre Milagres explicou que os incêndios na floresta amazônica provocam doenças especialmente no aparelho respiratório e no aparelho cárdio-cerebrovascular.

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"Quando a gente analisa com detalhe as doenças provocadas pela inalação das fumaças produzidas pelas queimadas a gente vê um aumento muito grande das alterações que a gente chama de inflamatórias. Nós temos desde onde o ar passa, pelo nariz, caso de rinite, caso de faringite, laringite, de bronquite. Essas bronquites podem ser bronquites agudas ou podem mesmo levar a bronquites crônicas. A gente nota também uma descompensação dos casos de asma ou de enfisema", explicou.

O médico pneumologista chamou atenção para o fato que muitas substâncias ao serem expostas aos raios ultravioleta se tornam mais tóxicas ao organismo.

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"Muitas substâncias são aditivadas, por assim dizer, pelos raios ultravioleta e se transformam muitas vezes em substâncias mais tóxicas e mais inflamatórias do que as próprias substâncias inaladas naturalmente", destacou.

A exposição desses elementos aos raios ultravioleta pode inclusive causar câncer de pulmão nas pessoas que são afetadas, segundo Alexandre Milagres.

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"A gente vê um número muito aumentado de diagnóstico de câncer de pulmão em pacientes expostos a esse tipo de fumaça, de fuligem de cinza. Já está sendo detectada a alteração no DNA das células, as células estão afetadas tão profundamente que seu DNA está sendo transformado o que a longo prazo pode gerar uma quantidade inestimável de casos de câncer de pulmão e de outros sítios", disse.

Dados do governo federal mostram que o número de incêndios na Amazônia brasileira aumentaram 28% frente a julho de 2019, chegando a 6.803 focos.

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