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Sakamoto: reajuste para juízes é um contrassenso

"Qualquer medida de autopreservação das classes mais privilegiadas em meio à grave situação social e econômica em que vive o país, como o reajuste de 16,38% nos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal, é um contrassenso", escreve o jornalista Leonardo Sakamoto

Sakamoto: reajuste para juízes é um contrassenso (Foto: Dir.: ABR)
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247 - "Qualquer medida de autopreservação das classes mais privilegiadas em meio à grave situação social e econômica em que vive o país, como o reajuste de 16,38% nos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal, é um contrassenso", escreve o jornalista Leonardo Sakamoto.

"A maioria dos ministros aprovou a inclusão de aumento de seus contracheques de R$ 33.763,00 para R$ 39.293,38 mil mensais em sua proposta de orçamento a partir de 2019. Considerando que o salário mínimo previsto na lei orçamentária de 2019, aprovada pelo Congresso Nacional, é de R$ 998,00, frente aos R$ 954,00 de hoje, a remuneração dos ministros pode passar de 35,39 para 39,37 salários mínimos por mês", acrescenta.

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De acordo com o jornalista, "um reajuste como esse em meio à crise não contribui com a redução da desigualdade. Pelo contrário, dificulta as pessoas a verem a si mesmas e às outras como iguais e merecedoras da mesma consideração".

"Leva à percepção de que o poder público existe para servir aos mais abonados e controlar os mais pobres. Ou seja, para usar a polícia e a política a fim de proteger os privilégios do primeiro grupo, usando violência contra o segundo, se necessário for. Com o tempo, a desigualdade leva à descrença nas instituições. O que ajuda a explicar o momento em que vivemos hoje", complementa. "Como já disse aqui, se você olhar bem de perto, perceberá que está escrito ''auxílio-moradia'' naquela faixa branca que rasga o círculo azul da bandeira nacional. Pelo menos é o que diz quem faz as leis, quem as executa e quem julga seu cumprimento".

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Leia a íntegra no Blog do Sakamoto

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