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"Sombra", suspeito de matar Celso Daniel, não escapa de júri

Tido como idealizador do sequestro e da morte do ex-prefeito de Santo Andr, ele enfrentar o julgamento popular

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O empresário Sérgio Gomes da Silva, o sombra, tentou anular a decisão que o manda a júri popular, mas não conseguiu. O Tribunal de Justiça de São Paulo disse não, nesta quarta-feira (1º) à tentativa do homem que é acusado de ser o mandante do seqüestro e morte do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel. Sombra é pedra atravessada no caminho do Partido dos Trabalhadores. O crime de homicídio qualificado aconteceu em janeiro de 2002.

A pronúncia, que a defesa do empresário tentou anular, foi assinada pelo juiz Antonio Augusto Galvão de França Hristov, da 1ª Vara de Itapecerica da Serra. “Havendo dúvida sobre a real natureza do delito e indícios em detrimento do acusado, as questões deverão ser dirimidas pelo Tribunal do Júri que, por força de expressa disposição da Constituição Federal, é o juiz natural para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida”, sentencio o juiz em maio do ano passado.

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São oito os acusados pelo crime, mas até agora somente um deles foi a júri. Marcos Roberto Bispo dos Santos foi condenado a 18 anos de prisão em regime fechado, em novembro passado.

Sérgio Gomes tinha amizade antiga com Celso Daniel e foi assessor dele na Prefeitura. É sócio de empresas de transporte urbano com Ronan Maria Pinto, um empresário com contratos milionários com a Prefeitura de Santo André.

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Em 18 de janeiro de 2002, Celso Daniel foi seqüestrado de dentro do carro de Sombra. O prefeito foi encontrado morto dois dias depois. Na época, o inquérito concluiu que teria se tratado de seqüestro seguido de morte.

O Ministério Público entrou no caso e apurou que Sergio Gomes da Silva integrava, à época dos fatos, uma quadrilha dedicada à prática de crimes contra a administração pública de Santo André e também contra particulares que concorriam com suas atividades empresariais. No entanto, as atividades do empresário encontraram em Celso Daniel forte resistência.

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“Objetivando, então, eliminar aquele obstáculo colocado para impedir o avanço de suas atividades criminosas, que lhe rendiam vultosas importâncias, Sergio Gomes da Silva decidiu matar a vítima", afirmaram os promotores Roberto Wider Filho, Amaro José Thomé Filho, José Reinaldo Guimarães Carneiro e Melissa Kovac, que assinaram a denúncia contra o empresário.

Segundo o MP, quando descobriu a amplitude do trabalho do grupo criminoso, Celso Daniel decidiu tomar providências para interromper as atividades ilícitas do grupo comandado por Sombra.

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O MP sustenta que para tentar desviar a atenção sobre sua ativa participação nos fatos, Sergio Gomes da Silva optou pela elaboração de engenhoso plano de ataque. A estratégia consistia na simulação de um crime comum de seqüestro urbano. Para executar o plano, Sombra contou com a colaboração de um amigo experiente nessas questões, Dionísio de Aquino Severo, que foi estrategicamente resgatado de um presídio.

O MP diz que o crime foi cometido mediante pagamento de quantia não especificada. O brutal assassinato foi praticado com uso de recursos que impossibilitaram a defesa da vítima, pois contou com a participação de mais de dez pessoas fortemente armadas e com a colaboração de Sergio Gomes.

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A morte da vítima foi idealizada e encomendada por Sergio Gomes da Silva para assegurar a execução de outros crimes que ele e outras pessoas estavam praticando contra a administração pública de Santo André. Tais crimes eram combatidos pelo Prefeito, que se transformou em obstáculo e por isso deveria ser eliminado.

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