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Brasil

Temer fez do brasileiro o 4º mais pessimista do mundo

Pesquisa realizada pela Ipsos Public Affairs em 22 países revela que o brasileiro é o quarto mais pessimista em relação ao seu país; segundo o estudo, sob o governo de Michel Temer, 67% dos brasileiros se declararam pessimistas; desconfiança em relação ao futuro do Brasil está diretamente ligada à crise econômica e ao desemprego, que, oficialmente, atinge mais de 12 milhões de brasileiros; "Cerca de 80% dos brasileiros não confiam em partidos e em políticos. Isso tudo, na verdade, é uma grande desconfiança em relação aos nossos líderes e as nossas instituições", diz o diretor da Ipsos, Danilo Cersosimo

Pesquisa realizada pela Ipsos Public Affairs em 22 países revela que o brasileiro é o quarto mais pessimista em relação ao seu país; segundo o estudo, sob o governo de Michel Temer, 67% dos brasileiros se declararam pessimistas; desconfiança em relação ao futuro do Brasil está diretamente ligada à crise econômica e ao desemprego, que, oficialmente, atinge mais de 12 milhões de brasileiros; "Cerca de 80% dos brasileiros não confiam em partidos e em políticos. Isso tudo, na verdade, é uma grande desconfiança em relação aos nossos líderes e as nossas instituições", diz o diretor da Ipsos, Danilo Cersosimo (Foto: Aquiles Lins)
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Da Agência Sputnik Brasil - Pesquisa realizada pela Ipsos Public Affairs em 22 países revela que o brasileiro é o quarto mais pessimista em relação ao país. 67% dos brasileiros se declaram pessimistas. Os mais céticos são os da África do Sul (77%), seguidos pelos sul-coreanos e pelos italianos, empatados em segundo lugar (73%). Os mais otimistas, por sua vez, são indianos (22%) e canadenses (38%).

A pesquisa, intitulada "O sistema está quebrado?", revela que para 57% dos entrevistados o modelo faliu e que mais da metade da população mundial acredita que seus país está em declínio. O levantamento também consultou os entrevistados sobre benefícios da globalização, descrença em relação ao futuro, confiança nos políticos e comparação entre gerações. A enquete, que tem margem de erro de 3,5 pontos percentuais, ouviu 16.096 pessoas de 18 a 64 anos nos Estados Unidos e no Canadá e de 16 a 64 anos nos demais países: África do Sul, Alemanha, Argentina, Austrália, Bélgica, Brasil, Coreia do Sul, Espanha, França, Grã-Bretanha, Hungria, Índia, Israel, Itália, Japão, México, Peru, Polônia, Suécia e Turquia.

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Para Danilo Cersosimo, diretor da Ipsos Public Affairs, o brasileiro já vem demonstrando desconfiança em relação ao futuro do Brasil há pelo menos dois anos, quando a crise econômica e o desemprego ganharam mais força e inflação corroeu o poder de compra.

"Em paralelo isso foi acontecendo enquanto a Lava Jato expunha as entranhas da corrupção no governo, demonstrando como isso está disseminado em relação a partidos e políticos. Em outras pesquisas da Ipsos a gente vem monitorando a aversão do brasileiro em relação a partidos e políticos. Cerca de 80% dos brasileiros não confiam em partidos e em políticos. Isso tudo, na verdade, é uma grande desconfiança em relação aos nossos líderes e as nossas instituições", diz o diretor da Ipsos.

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Segundo Cersosimo, esse é um sentimento global que tem maior ou menor incidência em alguns países e está ligado ao declínio da economia global desde 2008. Em alguns países, segundo ele, esse sentimento tem sido mais forte. Os grandes exemplos são a saída do Reino Unido da União Europeia e a eleição do Donald Trump que refletiriam o grande descontentamento das pessoas com o sistema político-econômico tradicional.

"Se você olha para esses países que tem maior disposição a líderes fora da política tradicional, eles têm vivido com questões mais extremas, caso da França, com a imigração, e Israel com a questão histórica com a Palestina. São atritos muito mais profundos do que meramente uma crise econômica", diz Cersosimo.

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Com relação à percepção da globalização, a pesquisa da Ipso aponta que o Brasil está no meio desse ranking: 44% dos entrevistados acreditam que o fenômeno é mais positivo do que negativo.

"A Europa vem passando por uma crise que não é de perda de consumo, talvez esteja mais situada quando a gente olha para índices de desemprego entre os jovens. Em alguns países da Europa isso é muito acentuado. França e Itália são emblemáticos, onde o discurso xenófobo mais conservador ganhou muito mais força do que na América Latina. No caso do Brasil, nós já estivemos mais otimistas com o futuro. Há 10 anos o brasileiro via o futuro mais otimista e por conta disso acredita que seus filhos terão uma perspectiva pior, mas essas coisas podem mudar conforme o contexto vai mudando", diz o diretor da Ipsos.

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