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Tijolaço: Bolsonaro não percebeu que perdeu poder e já não é “Mito”

"É inacreditável que um presidente da República, no primeiro ano de mandato, possa perder a maioria em seu próprio partido, se é que se pode chamar assim o amontoado que elegeu", avalia o jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, sobre a saída de Jair Bolsonaro do PSL

(Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)
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Por Fernando Brito, do Tijolaço - A maior parte do noticiário político dá como certa a saída de Jair Bolsonaro do PSL.

Não tenho essa certeza e minha leitura é de que ele não esperava obter tão pouca adesão imediata neste projeto, tantas são as insatisfações existentes no amontoado de parlamentares que elegeu, na sua esteira.

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Nos três estados onde elegeu mais da metade da bancada do PSL (Rio, 12; SP, 10 e MG, 6), os problemas são graves.

No Rio, o comando de Flávio Bolsonaro não resolveu os problemas da atração pelo governador Wilson Witzer. Ele comando um “desembarque” no qual ninguém desembarcou.

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Em São Paulo, Joyce Hasselman e Major Olímpio mal suportam Eduardo Bolsonaro, que quer ser embaixador em Washingnton mas continuar comandando a sucessão local.

Em Minas, o imexível Marcelo Álvaro Antônio provoca reações explícitas, como a da deputada Alê Silva, que diz que no PSL só de fala em dinheiro.

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Enquanto trocam “arminhas”, urubus observam do galho: além do governador Witzel, João Doria e até Luciano Huck.

A tendência de “recuo” de Bolsonaro, como se interpretou aqui, de início, tem fundamento e defensores, como registra o Valor:

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“O presidente Jair Bolsonaro teria desistido de deixar o PSL após avaliar que “ficou isolado” depois do desabafo em relação ao partido e ao presidente da sigla, deputado Luciano Bivar (PE). Segundo fontes, outro fator que teria contribuído para o recuo foi o diagnóstico de que sua saída da sigla causaria “uma celeuma” na distribuição dos recursos para a próxima eleição.
Ao Valor, uma fonte informou que Bolsonaro não formalizou a saída do PSL em nenhum momento. Após uma conversa com o filho Eduardo, deputado federal pelo PSL de São Paulo, o presidente teria desistido de deixar a legenda “porque se viu sem apoio da maior parte da bancada do PSL”. Uma ala da sigla manifestou surpresa com as declarações de Bolsonaro e se solidarizou com Bivar.”

Sim, é inacreditável que um presidente da República, no primeiro ano de mandato, possa perder a maioria em seu próprio partido, se é que se pode chamar assim o amontoado que elegeu.

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E, se isso acontece, é que eles percebem que Bolsonaro já não é mais a varinha de condão que os elegeu.

É isso o que o “Mito” ainda não se deu conta e talvez nem venha a se dar, tamanha é sua aversão ao entendimento, à política, à composição.

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Mas a coisa se tornou muito exposta e ficar, agora, é uma imensa confissão de fraqueza.

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