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Tijolaço: se o general Braga Netto for ao cerne da ferida, terá problemas

"A intervenção que a cargo do general se pôs não tem as ferramentas do diálogo com as comunidades. Seus soldados serão como americanos no Iraque, empurrando gente para o Estado Islâmico, se não as tiverem", avalia o jornalista Fernando Brito; "A missão dada ao general é impossível e, se tomada ao pé da letra se autodestruirá em  pouquíssimo tempo. Se o general é, como parece, da minha geração,sabe que as guerras se travam não pelo corpos físicos , mas por corações e mentes", diz ele

Raul Jungmann, e o comandante Militar do Leste, General Braga Netto (Foto: Aquiles Lins)
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Por Fernando Brito, do Tijolaço - No pouco que falou até agora – porque quase não o deixaram falar – o General Braga Neto tem demonstrado serenidade e aversão a entrar em ondas de histeria ou de demagogia como aquela que um dos conselheiros de Michel Temer nesta intervenção, Moreira Franco, prometeu, quando candidato a governador, de “acabar com a violência em seis meses”.

Mas ele está sujeito ao ditado militar de que “missão não se recusa, se cumpre”

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Resta saber o quanto desta missão  poderá ser feito sem a necessidade de “mostrar serviço” com ações espalhafatosas, mas ineficientes.

Em qualquer escola militar, quem propusesse uma ação de mil homens para capturar três ou quatro “inimigos ”  e uma pistola .40 seria desqualificado pelo emprego ineficiente dos meios à sua disposição.

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Mas, no caso atual, paralisar a cidade criando transtornos ao trânsito  das pessoas, por uma, duas ou três semanas será “positivo”,  dará “visibilidade”, embora com aqueles resultados pífios.

Se o general, porém, for ao cerne da ferida, terá problemas.

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Se mexer com a “banda podre” do organismo policial que suga o crime, aí terá problemas.

Como tivemos, no Governo Brizola, quando o fizemos.

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Os “top moments” de violência que enfrentamos – o massacre da Candelária e o de Vigário Geral – foram produzidos por policiais que sabiam que atingiriam, com eles, a “maldita” política de direitos humanos. Como tivemos a mídia a promover um único e duvidoso “arrastão” na praia – até parece que não temos dúzias deles hoje, não é? – como prova do descalabro que Leonel Brizola tinha levado a segurança pública no Rio.

Pois é: nos invadimos as favelas,sim. Com escolas de primeira linha, com serviços públicos, com respeito aos direitos que seres humanos merecem, morem na Vieira Souto ou no Morro do Alemão.

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Está além do poder do general em fazê-lo, não se pode cobrá-lo por isso.

A intervenção que a cargo do general se pôs não tem as ferramentas do diálogo com as comunidades.

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Seus soldados serão como americanos no Iraque, empurrando gente para o Estado Islâmico, se não as tiverem.

A missão dada ao general é impossível e, se tomada ao pé da letra se autodestruirá em  pouquíssimo tempo.

Se o general é, como parece, da minha geração,sabe que as guerras se travam não pelo corpos físicos , mas por corações e mentes.

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