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Brasil

Universidades públicas devem parar no próximo dia 15 contra Bolsonaro

Entidades ligadas a professores, a estudantes e a servidores das universidades públicas estão preparando uma grande mobilização para o próximo dia 15 de maio contra a gestão educacional do governo Jair Bolsonaro, que tem como ministro da Educação, Abraham Weintrab

Universidades públicas devem parar no próximo dia 15 contra Bolsonaro (Foto: Marcos Correa)
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247 - Entidades ligadas a professores, a estudantes e a servidores das universidades públicas estão preparando uma grande mobilização para o próximo dia 15 de maio contra a gestão educacional do governo Jair Bolsonaro, que tem como ministro da Educação, Abraham Weintrab. A revolta de profissionais ligados à educação aumento nesta semana, após o titular da pasta nunciar um corte de verba em 30% das universidades federais da Bahia (UFBA), e Fluminense (UFF), além da UnB, alegando baixo desempenho e "balbúrdias" provocadas, de acordo com ele, por manifestações partidárias.

O presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Antonio Gonçalves, desmente o ministro e critica o governo. "Para impor sua política educacional, que é uma política de retrocesso, de pensamento único, e de ataque aos direitos fundamentais, (o governo) elege como prioridade o contingenciamento de verbas das universidades, usando uma argumentação ilegal e inaceitável politicamente", diz a nota.

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Segundo informações de Isaías Dalle, da Fundação Perseu Abramo, no próximo dia 9 "haverá assembleias em campi espalhados pelo país que, segundo lideranças, vão dar os toques finais para encaminhar a paralisação".

"Os preparativos já vêm acontecendo há pelo menos dois meses, na forma de debates, aulas públicas, reuniões e assembleias locais, desde que o governo federal começou a acenar com perseguição a professores e alunos e promessas de extinção de cursos. Ameaças que se concretizam a partir de cortes, já anunciados oficialmente, no repasse de verbas para universidades e programas de pesquisas", destaca a matéria.

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"É uma greve só da educação, por enquanto", aposta Matias Cardomingo, coordenador-geral da Associação dos Pós-Graduandos da USP. "A terça-feira, dia 30 foi um marco na pauta da educação, com o corte de 30% das verbas de três universidades federais. Na nossa avaliação, mudou a leitura sobre as ameaças que o governo vinha fazendo de retaliação ideológica. As ameaças se concretizaram", relata Matias, estudante de Economia. Ele também informa que as centrais com representação nas universidades já confirmaram engajamento na greve.

A UNE (União Nacional dos Estudantes) afirma estar rodando todo o Brasil para ajudar na organização da greve, e que o movimento está maduro. A presidente da entidade, Marianna Dias, vê paralelo entre a greve e uma aula para o presidente.

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"Nós precisamos provar para o Bolsonaro que a universidade é, sim, o local onde cabe esse tipo de coisa, onde cabe o contraditório. Nós queremos fazer a universidade ferver, pro Bolsonaro perceber que isso é normal. Vamos realizar assembleias ao longo da semana que vem, respeitando a autonomia de cada universidade, mas a disposição de fazer a greve é confirmada nos encontros com estudantes que temos feito por todo o Brasil", conta a estudante de Pedagogia.

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