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Coronavirus

França recomenda apenas uma dose de vacina para quem já teve Covid-19

A Alta Autoridade de Saúde da França argumenta que apenas uma dose da substância já é suficiente para criar uma resposta imunitária em quem já teve a doença

Emmanuel Macron (Foto: Reuters)
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RFI - Em uma recomendação ao governo, a Alta Autoridade de Saúde da França afirma que uma dose de vacina contra a Covid-19 é suficiente para criar uma resposta imunitária em quem já teve a doença. De acordo com o órgão sanitário, uma dose em quem já foi contaminado pode dar imunidade maior ao vírus do que duas doses aplicadas em quem não teve contato com o Sars-Cov-2.

A tensão entre o tempo de produção das vacinas e o número de doses necessárias para a imunização da população tem feito diversos governos buscarem alternativas para a otimização das doses existentes. Com novas variantes do coronavírus aparecendo, saber se as mais de 100 milhões de pessoas que já tiveram a doença precisam receber as duas doses da vacinação é uma questão importante.

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No caso da França, a Alta Autoridade de Saúde (HAS, em francês) recomenda que as pessoas que já tiveram Covid-19 sejam imunizadas com apenas uma dose da vacina, aplicada de três a seis meses após a infecção. A orientação está em um documento enviado ao governo nesta sexta-feira (12).

As três vacinas Covid-19 atualmente aplicadas na União Europeia (Pfizer/BioNTech, Moderna e AstraZeneca/Oxford) requerem duas doses para serem totalmente eficazes em pessoas que nunca estiveram em contato com o vírus. A aplicação de uma única injeção nos milhões que já tiveram a doença poderia economizar os produtos e ampliar a extensão dos vacinados.

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O texto da agência afirma ainda que a recomendação deve ser adotada tanto para os pacientes que tiveram sintomas quanto para os assintomáticos, basta que o diagnóstico positivo tenha sido confirmado por um teste PCR ou de antígeno.

De acordo com o documento, até o momento nenhum país recomendou claramente a aplicação de apenas uma dose em quem já foi contaminado.

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Quatro estudos

A decisão se baseia em um trabalho apresentado pela Sociedade de Patologia Infecciosa de Língua Francesa, assim como em dados de farmacovigilância da vacina Pfizer/BioNTech, de acordo com o jornal Le Monde.

Desde o início de 2021, quatro estudos publicados em pré-print (ainda sem revisão de outros cientistas) mencionam a mesma solução – três deles foram efetuados nos Estados Unidos e um na Itália. As quatro pesquisas, baseadas em informações de pacientes imunizados com os produtos da Pfizer e da Moderna, chegaram à mesma conclusão: uma dose de vacina injetada em um antigo paciente produz resposta imunológica tão forte ou mais forte que duas doses dadas a uma pessoa que não teve contato prévio com o vírus.

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Até a tarde desta sexta-feira, o governo francês ainda não tinha se posicionado sobre a recomendação, mas costuma seguir as orientações da Alta Autoridade de Saúde. No entanto, no final de janeiro, a HAS sugeriu o atraso da aplicação da segunda dose da vacina Pfizer, o que não foi acatado pelo governo.

O número de imunizados no país continua a crescer, mas ainda está longe de ser suficiente para barrar o avanço da pandemia. Em uma população de 67 milhões de habitantes, 2,1 milhões de franceses haviam recebido pelo menos uma dose de vacina até quinta (11), incluindo 535.775 pessoas que já tiveram duas doses.

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