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Coronavirus

Fundador da Anvisa, Gonzalo Vecina diz que “é uma imoralidade que pessoas com dinheiro tenham acesso à vacina antes”

O sanitarista Gonzalo Vecina Neto é taxativo quanto à vacinação pelo setor privado de saúde, que está sendo vendida como "parceria" e denuncia: “A proposta é pegar gente que, do meu ponto de vista, estaria na posição número 30 [no grupo de prioridades para a vacina] e colocar na posição número 1. Isso não é parceria. Isso é inominável”

Gonzalo Vecina Neto, pessoas no hospital em tratamento e cemitério (Foto: Reprodução | Reuters)
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247 - Fundador da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e seu primeiro presidente (1999-2003), o sanitarista Gonzalo Vecina Neto “é uma imoralidade as pessoas que têm dinheiro terem acesso à vacina antes das pessoas que não têm dinheiro numa sociedade tão desigual como a nossa”.

Em entrevista à jornalista Cláudia Colucci, na Folha de S.Paulo, Vecina afirmou que uma parceria ética seria que o setor privado atuasse dentro das mesmas regras organizadas por uma política pública, priorizando os mesmos grupos mais vulneráveis. “Mas não é essa a proposta que está aí. A proposta é pegar gente que, do meu ponto de vista, estaria na posição número 30 [no grupo de prioridades para a vacina] e colocar na posição número 1. Isso não é parceria. Isso é inominável".Vecina foi taxativo: “Do ponto de vista epidemiológico, é insustentável [a vacinação na rede privada neste momento da pandemia]”.Segundo o sanitarista, há “um clima de salve-se quem puder. Não me interessa quem se salvará desde que eu esteja na primeira fila. É uma sociedade pouco civilizada”.

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Vecina aponta ainda: “Ter uma fila independente, que anda com velocidade diferente, no meio de uma pandemia, é imoralidade.

Do ponto de vista comercial, numa economia liberal, tudo bem. Mas, no meio de uma pandemia, é eticamente insustentável. A sociedade vai ter capacidade de fazer a sua crítica a essa fila não ética. A gente tem que buscar formas de diminuir o nível de desigualdade na nossa sociedade”.

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