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Coronavirus

No ritmo atual, população acima de 18 anos só estará vacinada contra Covid-19 depois de 2025

Segundo o IBGE, há 160 milhões de brasileiros acima de 18 anos, que devem ser vacinados contra o coronavírus. No ritmo atual, diz o microbiologista Luiz Gustavo de Almeida, essas pessoas só estarão imunizadas daqui a quatro anos e meio a cinco anos

(Foto: Milton Michida/GOVSP)
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247 - No ritmo em que a vacinação contra a Covid-19 está acontecendo no país, o Brasil só terá sua população acima de 18 anos imunizada em 2025, daqui a mais de quatro anos. O cálculo é do microbiologista da Universidade de São Paulo (USP) Luiz Gustavo de Almeida, segundo o UOL.

A crise não é do sistema de vacinação brasileiro, mas especificamente da campanha vacinal contra o coronavírus. Almeida apontou na entrevista que, durante a campanha de vacinação contra a gripe em março de 2020, já na pandemia, eram vacinadas até um milhão de pessoas por dia. A média de imunizações diárias contra a Covid-19 é de um quinto disso, 200 mil pessoas.

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O microbiologista é taxativo: "Já em plena pandemia de covid, conseguimos vacinar 54 milhões de pessoas contra a gripe em cem dias, sem grandes esforços. No caso da Covid, deveríamos conseguir no mínimo o mesmo número; idealmente mais, se abríssemos postos de vacinação em estádios e escolas."

Para fazer os cálculos, Almeida baseou-se no número total de brasileiros a serem vacinados (160 milhões, segundo o IBGE, já que os menores de 18 anos não serão imunizados agora). Para cobrir esse público-alvo no atual ritmo, seriam necessários de quatro anos e meio a cinco anos, considerando que os imunizantes usados no Brasil devem ser aplicados em duas doses.

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A escassez de vacinas é apontada por especialistas como a maior causa da lentidão do processo, que já começou depois de cerca de 50 outros países. Por causa do número muito reduzido de doses, foi preciso estabelecer prioridades. Foi limitada a quantidade de pessoas que poderiam ser vacinadas por dia. Além disso, na ausência de uma coordenação nacional por parte do governo federal, cada Estado definiu estratégias e cronogramas diferentes. Em Manaus, por exemplo, a vacinação teve de ser interrompida após denúncias de fraudes no acesso à fila.

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