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Cultura

Corpo de Jô Soares é cremado em Mauá, na Grande São Paulo

Cerimônia ocorreu com a presença de familiares na manhã deste sábado

Jô Soares (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)
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247 - O corpo do apresentador e humorista Jô Soares foi cremado na manhã deste sábado (6) na cidade de Mauá, na Grande São Paulo, com a presença de familiares e amigos próximos.

Jô morreu aos 84 anos na madrugada de sexta-feira (5) no hospital Sirio-Libanês, na capital paulista, onde estava internado desde o dia 28 de julho. A causa da morte não foi divulgada pelo hospital a pedido da família.

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José Eugênio Soares nasceu em 1938 no Rio de Janeiro e começou a carreira de humorista no final da década de 1950, atuando e escrevendo em emissoras de TV do Rio de Janeiro até chegar a São Paulo na década de 1960 para trabalhar na TV Record. Em 1970 chegou à TV Globo para, em 1981, ter um programa próprio na emissora, o "Viva o Gordo", onde celebrizou personagens e bordões que se tornaram populares à época.

Em 1987 foi contratado pelo SBT, onde iniciou seu programa de entrevistas noturno, o "Jô Soares Onze e Meia", que se tornaria um dos carros-chefe da emissora paulista. O sucesso como entrevistador, num formato que já era popular nos Estados Unidos e atualmente é amplamente usado no Brasil, o levou de volta à Globo em 2000 para fazer o "Programa do Jô", no mesmo formato da atração do SBT, que ficou no ar por 16 anos.

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À frente dos dois talk shows, Jô entrevistou personalidades das artes, da música e da política, incluindo presidentes e candidatos a presidente em um tom muitas vezes irreverente.

Além de humorista e apresentador, Jô também escreveu livros, como "O Xangô de Baker Street", "O Homem que Matou Getúlio Vargas" e "Assassinato na Academia Brasileira de Letras". Também escreveu para as revistas Manchete e Veja e para os jornais O Globo e Folha de S.Paulo.

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Em 2016 foi eleito para uma cadeira na Academia Brasileira de Letras e também teve destaque como dramaturgo e roteirista.

Repercussões

Nas redes sociais, personalidades de várias áreas lamentaram a morte do humorista. A também apresentadora Ana Maria Braga disse ter sido um privilégio conviver com o ex-colega de emissora.

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"Hoje o dia amanheceu mais sem graça. Vá em paz meu amigo!", escreveu ela no Twitter.

A cantora Zélia Duncan usou a mesma rede social para se despedir do apresentador.

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"O Brasil perdeu hoje um artista único, um comediante que amava seu ofício acima de tudo, um ator fora de série. Um entrevistador brilhante. Um cidadão que amava seu país e seus amigos. Jô Soares, obrigada por tanto!", afirmou.

O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição e que foi alvo de críticas feitas por Jô antes e depois de assumir a Presidência, publicou em suas redes sociais uma foto de uma entrevista que deu a ele em 2007 e elogiou o humorista.

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"Independentemente de preferências ideológicas, Jô Soares foi uma grande personalidade brasileira que conquistou a todos com seu modo cômico de discutir assuntos profundos. Que Deus conforte a família e o acolha com a cordialidade que o próprio Jô recebia a todos", escreveu.

"No fim das contas, as divergências pouca diferença fazem na hora de nossa partida para perto de Deus. O que fica são as nossas obras, e Jô Soares deixa para o Brasil um exemplo de postura, elegância e bom humor, e, por isso, tem o meu respeito."

Líder nas pesquisas de intenção de voto para a eleição presidencial de outubro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também lamentou a morte do apresentador.

"Jô Soares foi um dos atores, autores, comediantes e entrevistadores mais talentosos da história do Brasil. Seus talentos e atividades eram tantos que desafiam categorias. Uma pessoa generosa que por anos conduziu entrevistas que foram um importante espaço de debate para o país", disse Lula no Twitter, também ao lado da foto de uma das entrevistas que deu a Jô.

"O Brasil hoje, nesse momento tão difícil, perde uma parte do seu humor, talento e inteligência. Mas nunca esquecerá da obra que nos deixou Jô Soares."

Outros postulantes ao Planalto também se manifestaram. Ciro Gomes (PDT) disse que Jô era "uma das nossas maiores referências de inteligência, talento e humor", e a senadora Simone Tebet (MDB) classificou a morte como "uma grande tristeza" e lembrou personagens que marcaram a carreira do humorista.

Em 2014 o humorista perdeu o filho Rafael Soares, que morreu aos 50 anos. Ele tinha autismo e tratava um câncer no cérebro. Na época, ao final de mais um de seus programas, após mandar o seu tradicional "beijo do Gordo", se emocionou ao lembrar o único filho.

"Beijo do Gordo, e a vida continua, a vida é o que a gente veio fazer aqui: viver", disse na ocasião.

(Com Reuters)

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