Elza Soraes: ‘o grito das mulheres vem de longe. Talvez sejamos ouvidas agora’

247 - Premiada com o Grammy Latino na categoria de melhor disco de música popular brasileira por "A Mulher do Fim do Mundo", em 2016, o que marcou seu ressurgimento na música, Elza Soares, aos 80 anos, acredita que "o momento é propício para o grito" das mulheres.

Em entrevista à BBC Brasil, ela declara: "Esse grito não pode ser silenciado, tem que continuar gritando, e muito. Gritar mesmo, sem interrupção", diz. Para ela, uma "mulher do fim do mundo" é aquela "que tem coragem de dizer, de lutar, de buscar. Uma mulher que luta, sozinha. Mulher".

A artista trabalha agora no próximo álbum, que se chamará "Deus É Mulher", que será lançado ainda neste ano.

Na entrevista, ela fala ainda sobre o relacionamento violento com Mané Garrincha, seu passado - ela se casou com 12 anos e foi mãe aos 13, tendo perdido três filhos ao longo da vida. E comenta ainda o cenário da política atual no Brasil.

"Eu sou muito otimista. Eu acredito que isso é um momento que nós estamos atravessando, e vai passar. Acredito. Acredito nesse povo brasileiro sofrido, que isso vai passar. É um momento trágico, um momento ruim, mas acho que vai vir um momento bom para gente também. Assim como veio para a Elza Soares, há de vir para o Brasil", diz. 

Leia aqui a íntegra.