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Cultura

Prêmios Nobel da Paz e da Literatura serão concedidos sob impacto da pandemia

Os favoritos para o prêmio de literatura são Maryse Condé, ativista francesa conhecida por suas obras feministas e difusoras da cultura africana, a romancista russa Lyudmila Ulitskaya, e o best seller japonês Haruki Murakami. No prêmio da Paz, concorrem entidades que defendem a liberdade de imprensa, os médicos cubanos e a jovem ativista Greta Thunberg

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247 - Não existem favoritos claros para os Prêmios Nobel de Literatura e da Paz, em um ano onde, por conta da pandemia, todos os holofotes estão voltados para o Prêmio da Medicina. Este último, que por conta do longo processo de escrutínio não pode envolver as pesquisas relacionadas ao combate ao coronavírus, foi concedido aos cientistas Harvey Alter, Michael Houghton, Charles Rice, que identificaram o vírus da hepatite-C com o auxílio da empresa farmacêutica Chiron.


No entanto, como notado pelo jornalista sueco Bjorn Wiman, as mudanças causadas pela pandemia fizeram com que também “[o]utras coisas pareçam mais importantes do que há seis meses atrás.” Para muitos, o apreço à ciência também deve se aplicar sobre a questão da mudança climática, o que torna a ativista pelo clima Greta Thunberg uma das principais candidatas ao Nobel da Paz.

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A valorização da imprensa em tempos onde a desinformação prevalece também se mostrou evidente na candidatura de organizações como a Repórteres sem Fronteiras e do Comitê para a Proteção dos Jornalistas. Há também uma forte pressão internacional para que os médicos cubanos, que atuaram em vários países, sejam premiados.

“Durante conflitos, é extremamente importante que jornalistas contribuam para oferecer informação sobre o que está de fato acontecendo, tanto para responsabilizar os culpados e informar o restante do mundo”, declarou Henrik Urdal, diretor do Peace Research Institute of Oslo (PRIO).
Em relação ao Prêmio da Literatura, os jurados se encontram em tentativa de se distanciar das controvérsias do passado. Ano passado, ele foi concedido ao austriaco Peter Handke, que havia negado as atrocidades cometidas pelas autoridades sérvias na Guerra Civil da Iugoslávia, tendo também ao funeral do criminoso de guerra e ex-Presidente sérvio Slobodan Milošević.
Os principais contendores nas casas de apostas para o Prêmio são Maryse Condé, ativista francesa conhecida por suas obras feministas e difusoras da cultura africana, a romancista russa Lyudmila Ulitskaya, e o best seller japonês Haruki Murakami. 

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No testamento de Alfred Nobel, ele desejou prestigiar aqueles que mais contribuem para “a fraternidade entre as nações” e para o direcionamento da literatura “na direção ideal.” Neste ano, marcado por conflitos políticos decorrentes da pandemia, o Prêmio Nobel tem a oportunidade de se redimir diante do seu passado recente de controvérsias, se tornando novamente uma fonte de inspiração para a humanidade.

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