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Economia

Abaixo o pessimismo

Desde o Plano Real, apesar de alguns momentos difíceis, a economia do Brasil vem mudando para melhor. A partir de 2003, operou-se o que o liberalismo conservador havia condenado ao fracasso: multiplicação do valor do salário mínimo

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Vivi, já no mundo dos negócios, os dificílimos anos 80, com a loucura de uma hiperinflação que beirou os 3 dígitos (isso mesmo!) e as diversas tentativas frustradas de domá-la, combate que somente veio a lograr êxito com o Plano Real, em 1994, no governo Itamar Franco. Ali, sim, havia motivos para pessimismo e mau humor, diante da ginástica diária para sobreviver em um cenário recessivo, que produziu ainda mais empobrecimento (inclusive da classe média) e o agravamento das desigualdades sociais.

Desde o Plano Real, e apesar de alguns momentos difíceis, a economia do Brasil vem mudando para melhor. A partir de 2003, com a chegada de Lula ao poder e sua opção por garantir a estabilidade econômica, mas sem abrir mão de promover a redução das desigualdades sociais, operou-se o que o liberalismo conservador havia condenado ao fracasso: multiplicação do valor do salário mínimo (de menos de US$ 100 para mais de US$ 300), incremento significativo da massa salarial, formação de uma nova classe média (a maior mobilidade de classes da nossa história), recordes sucessivos de geração de empregos, enfim, crescimento econômico com distribuição de renda nunca vistos antes.

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Nesse meio tempo, tivemos que enfrentar duas crises econômicas mundiais severíssimas e, novamente, os cavaleiros do Apocalipse falharam em suas previsões. A aposta no mercado interno, o apelo ao consumo e várias outras medidas anticíclicas foram e vêm sendo tomadas pelo governo para minimizar os efeitos das crises.

Apesar de tudo isso, o liberalismo atrasado, agora mancomunado com o "setor improdutivo" que "sofre" com a queda da taxa de juros, não sossega. Escalada para disseminar o medo, a mídia conservadora presta mais esse desserviço, que só não causa maior estrago por conta da sua rarefeita capacidade de formar opinião, fruto de declinante audiência e escassa credibilidade.

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É óbvio que, se muito foi feito até aqui, não menos ainda há por fazer para livrar a economia de amarras históricas que afetam a competitividade das empresas. Carga tributária elevadíssima, oligopolização de alguns setores, infraestrutura deficiente e ensino público sem qualidade são apenas alguns dos graves problemas que precisam ser enfrentados com menor timidez. Some-se a eles as inadiáveis reformas (tributária, trabalhista, política, eleitoral etc), tema que tratamos no artigo Os inimigos da competitividade.

A propósito da fabricada onda de pessimismo, o empresário Benjamin Steinbruch, da CSN, escreveu um artigo intitulado "Xô, mau humor", publicado na Folha de São Paulo no último dia 23/04 e reproduzido aqui, leitura obrigatória, cujo último parágrafo é um primor: "Os psiquiatras chamam de "distímicos" os indivíduos que só enxergam o lado negativo do mundo. O mau humor, portanto, pode ser doença, mas, no caso da economia, também pode ser a manifestação de quem torce contra o país por razões variadas".

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Jorge Santana é engenheiro, empresário de TI, ex-dirigente de entidades empresariais e ex-secretário de Desenvolvimento Econômico de Sergipe

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