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Economia

Alta da gasolina será a maior em 13 anos

Elevação do tributo incidente sobre os combustíveis pelo governo Temer pode fazer com que a gasolina sofra a maior alta no preço, nas bombas dos postos, desde o início da série semanal de preços dos combustíveis da ANP (Agência Nacional do Petróleo), em 2004; nesta sexta, a gasolina já veio R$ 0,4075 mais cara, praticamente o mesmo valor anunciado pelo governo (R$ 0,41); aumento afeta não apenas o consumidor, mas toda a economia, gerando impacto em outros setores, como o agrícola, que faz uso intenso do transporte e é o que mais tem ajudado o PIB; aumento dos combustíveis pode ainda gerar um novo aumento em cadeia, em itens como transporte, alimentação e, por consequência, impactar na inflação do país

Elevação do tributo incidente sobre os combustíveis pelo governo Temer pode fazer com que a gasolina sofra a maior alta no preço, nas bombas dos postos, desde o início da série semanal de preços dos combustíveis da ANP (Agência Nacional do Petróleo), em 2004; nesta sexta, a gasolina já veio R$ 0,4075 mais cara, praticamente o mesmo valor anunciado pelo governo (R$ 0,41); aumento afeta não apenas o consumidor, mas toda a economia, gerando impacto em outros setores, como o agrícola, que faz uso intenso do transporte e é o que mais tem ajudado o PIB; aumento dos combustíveis pode ainda gerar um novo aumento em cadeia, em itens como transporte, alimentação e, por consequência, impactar na inflação do país (Foto: Gisele Federicce)
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247 – O reajuste nas alíquotas do Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre a gasolina, o diesel e o etanol, anunciado na quinta-feira 20 pelo governo Michel Temer, pode fazer com que a gasolina sofra a maior alta no preço em 13 anos.

O novo valor a chegar nas bombas, já iniciado nesta sexta-feira 21, deverá ser o mais alto desde o início da série semanal de preços dos combustíveis da ANP (Agência Nacional do Petróleo), em 2004.

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Nesta sexta, a gasolina veio R$ 0,4075 mais cara, praticamente o mesmo valor anunciado pelo governo (R$ 0,41). O novo preço já é sentido em postos de todo o País.

Segundo especialistas, o aumento afeta não apenas o consumidor, mas toda a economia, gerando impacto em outros setores, como o agrícola, que faz uso intenso do transporte e é o que mais tem ajudado o PIB. Além disso, pode gerar um novo aumento em cadeia, em itens como transporte, alimentação e, por consequência, impactar na inflação do país.

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Leia mais na Agência Brasil:

Postos de gasolina já repassam aumento de tributos para preços dos combustíveis

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Heloisa Cristaldo - O reajuste nas alíquotas do Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre a gasolina, o diesel e o etanol já é sentido em postos de gasolina de todo país. Segundo o presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), Paulo Miranda Soares, o aumento já foi repassado pelas distribuidoras desde a 0h desta sexta-feira (21).

"O combustível já foi bombeado pelas distribuidoras com aumento e esse valor é repassado logo que acabam os estoques nos postos de gasolina. O momento para esse reajuste foi péssimo, onde a gente ainda está em uma recessão, não saímos da crise. Atualmente, há uma queda nas vendas de combustíveis e o governo optou pelo jeito mais fácil para equilibrar suas contas, aumentando impostos", destacou.

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Soares ressalta que o aumento dos combustíveis pode gerar um novo aumento em cadeia, em itens como transporte, alimentação e, por consequência, impactar na inflação do país. A alíquota passou de R$ 0,3816 para R$ 0,7925 para o litro da gasolina e de R$ 0,2480 para R$ 0,4615 para o diesel nas refinarias. Para o litro do etanol, a alíquota passou de R$ 0,12 para R$ 0,1309 para o produtor. Para o distribuidor, a alíquota, atualmente zerada, aumentará para R$ 0,1964.

"O nosso setor trabalha com margens muito apertadas de lucro. É o único setor do comercio em que se sabe que a média nacional de margem bruta de lucro é 12%. Acho difícil o empresário do setor absorver todo esse impacto", disse.

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Distrito Federal

De acordo com proprietário de rede de postos de gasolina, Wonder Jarjour, a capital federal estava praticando preços abaixo da realidade do mercado antes do aumento nos impostos dos combustíveis. No Distrito Federal, o litro da gasolina podia ser encontrado até ontem por valores próximos de R$ 2,94, mas já está sendo vendido por até R$ 3,92.

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"Além do aumento imposto, estamos voltando os preços para realidade do mercado. Com o valor antigo, a margem de lucro estava abaixo de R$ 0,10 por litro", explica o empresário. Para Jarjour, a semana será de instabilidades nos valores, mas a perspectiva é de redução nos preços ao consumidor.

Em busca dos preços antigos, motoristas circulam pela cidade e enfrentam longas filas para abastecer seus veículos. Raquel Gomes, de 32 anos, esperou mais de uma hora para encher o tanque de seu carro por R$ 3,08 o litro da gasolina.

"O aumento nos pegou de surpresa, ninguém está preparado para um reajuste desse valor e se o combustível aumenta, tudo aumenta junto. O impacto é muito negativo", disse.

Já o aposentado José Alexandre Gonçalves, de 82 anos, acredita que o reajuste nos preços é necessário para o controle das contas do governo federal. "Se cai a arrecadação, o governo é obrigado a fazer o aumento de impostos. As pessoas precisam entender isso, mas preferem o quanto pior, melhor", afirmou.

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