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Economia

Após repercussão, CNI afirma que jamais defendeu jornada maior

Depois da repercussão de declarações feitas durante evento realizado nesta sexta (8) em Brasília, com a presença do interino Michel Temer, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, divulgou nota para afirmar que ele "JAMAIS" defendeu o aumento da jornada de trabalho; "A CNI tem profundo respeito pelos trabalhadores brasileiros e pelos direitos constitucionais, símbolo máximo das conquistas sociais de nossa sociedade", afirma a entidade, lembrando que a jornada semanal, pela Constituição, é de no máximo 44 horas

Depois da repercussão de declarações feitas durante evento realizado nesta sexta (8) em Brasília, com a presença do interino Michel Temer, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, divulgou nota para afirmar que ele "JAMAIS" defendeu o aumento da jornada de trabalho; "A CNI tem profundo respeito pelos trabalhadores brasileiros e pelos direitos constitucionais, símbolo máximo das conquistas sociais de nossa sociedade", afirma a entidade, lembrando que a jornada semanal, pela Constituição, é de no máximo 44 horas (Foto: Valter Lima)
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RBA - Depois da repercussão de declarações feitas durante evento realizado hoje (8) em Brasília, com a presença do interino Michel Temer, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, divulgou nota para afirmar que ele "JAMAIS" (em letras maiúsculas) defendeu o aumento da jornada de trabalho. "A CNI tem profundo respeito pelos trabalhadores brasileiros e pelos direitos constitucionais, símbolo máximo das conquistas sociais de nossa sociedade", afirma a entidade, lembrando que a jornada semanal, pela Constituição, é de no máximo 44 horas.

A assessoria do presidente da entidade patronal divulgou trecho da entrevista coletiva de Andrade, que teria sido "erroneamente difundida". O dirigente lembra que a jornada brasileira é de 44 horas e que as centrais tentam reduzi-la para 40 horas. Depois, cita a reforma trabalhista em discussão na França, que tem sido alvo de protestos, para falar que o país europeu, com jornada de 36 horas, "perdeu competitividade" e pode aumentar o período para até 80 – na verdade, 60 horas semanais. O discurso era para defender a necessidade de mudanças no Brasil, também em nome da competitividade.

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"Nós estamos ansiosos, na iniciativa privada, de ver medidas muito duras. Duras que eu digo, medidas modernas, mas medidas difíceis de serem apresentadas", afirmou o presidente da CNI, citando a Previdência Social e a legislação trabalhista.

A Constituição, em seu artigo 7º, fixa a jornada máxima em oito horas diárias e 44 horas semanais. Mas permite a compensação de horários e a redução da jornada, "mediante acordo ou convenção coletiva". A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT, artigo 59) permite acréscimo de duas horas extras, mediante acordo escrito ou contrato coletivo, com pagamento de 50% de remuneração em relação à hora normal.

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No Parlamento, há mais de 20 anos circula uma proposta de emenda à Constituição (PEC), a 231, que reduz a jornada para 40 horas semanais, sem redução de salário, e aumenta a hora extra para 75%. O texto foi apresentado em outubro de 1995 pelos então deputados Paulo Paim (PT-RS, hoje senador) e Inácio Arruda (PCdoB-CE). Desde 2009, a PEC aguarda votação em plenário, após aprovação em comissão especial.

A CNI diz não defender aumento da jornada legal. Mas há tempos propõe mudanças na legislação para permitir jornadas de trabalho diferenciadas. No documento Propostas da Indústria para as Eleições 2014, a entidade afirma: "As restrições à implementação de jornadas de trabalho diferenciadas impedem que as empresas ajudem seus padrões de operação ao formato mais eficiente e adequado à realidade do mercados".

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