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Economia

Brasil ainda segue com perspectiva de PIB per capita em redução, diz economista

Segundo o professor de Economia Agostinho Celso Pascalicchio, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, o aumento de 0,4% do PIB no 2° trimestre estão longe de representar um alívio para a economia. O analista avalia que as atuais projeções de crescimento se equivalem à taxa de crescimento populacional do país, o que anularia esse saldo positivo

Financial Times diz que PIB é 'golpe para Bolsonaro' (Foto: PR | ABr)
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Agência Sputnik - Contrariando expectativas, o IBGE informou hoje que o PIB do Brasil teve uma variação ligeiramente positiva no 2° trimestre de 2019, dando um novo fôlego ao governo em meio a suspeitas de uma possível recessão.

Nesta manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou um balanço mostrando um crescimento de 0,4% no Produto Interno Bruto do país entre os meses de abril e junho, na comparação com o período compreendido entre janeiro e março.

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A notícia pegou muitos analistas de surpresa, em um momento onde se discutia a possibilidade de o Brasil entrar em uma recessão técnica.

De acordo com o professor de Economia Agostinho Celso Pascalicchio, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, os dados surpreendentes publicados nesta quinta-feira afastam, no momento, os riscos de uma recessão técnica, mas ainda estão longe de representar um alívio para a economia brasileira. Em entrevista à Sputnik Brasil, ele explica que, apesar da boa notícia, o país ainda segue com um ritmo de crescimento muito baixo, muito aquém de suas potencialidades.

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"Nós aguardamos a continuidade das reformas, aguardamos com ansiedade que essas reformas venham até com rapidez. A equipe econômica poderia agilizar, sem dúvida, as reformas, para que pudesse, então, mostrar resultados mais significativos com relação ao crescimento do país", afirmou o especialista.

Segundo o acadêmico, além das reformas previdenciária, tributária e política, o Brasil, para crescer de maneira significativa, necessita também de um plano forte de investimentos em infraestrutura e precisa que o governo mostre novas fontes de receita, como, por exemplo, recolhimentos compulsórios que estão no Banco Central.  

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"Porque as taxas de crescimento ainda estão muito fracas. Se bem que positivas, continuam num ritmo abaixo do crescimento populacional, do crescimento vegetativo da população."

O economista da Mackenzie avalia que as atuais projeções de crescimento do PIB no ano, em torno de 0,8%, se equivalem à taxa de crescimento populacional do país, o que anularia esse saldo positivo caso esse cenário se confirme.

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"Se nós compararmos, corresponderia a um crescimento de 0%, por exemplo. O Brasil precisa crescer acima do crescimento populacional. E nisso, somado a anos em que o PIB variou negativamente, nós temos ainda a perspectiva de continuidade de um PIB per capita em redução. Ou seja, taxa negativa de crescimento."

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