Com gasto público em alta, economistas defendem aumento de impostos para sair da crise fiscal
Economistas consideram que aumento de impostos pode ser a saída para evitar a quebra da economia num contexto em que é necessário aumentar o gasto público e sair da camisa de força do teto de gastos
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247 - A pressão para aumentar os gastos públicos a fim de enfrentar as necessidades sociais no quadro da pandemia de Covid-19 tornam inevitável o aumento de impostos, na opinião de economistas. Seria a única forma de evitar o descontrole das finanças públicas, a volta da inflação e a disparada dos juros.
O endividamento bruto brasileiro chegará neste ano a quase 96% em relação ao tamanho do PIB (Produto Interno Bruto).
Reportagem do jornalista Fernando Canzian aponta que mesmo que o teto de gastos seja cumprido, a dívida pública encostará em 100% do PIB nos próximos anos, fenômeno que ocorrerá em quase todas as economias, que terminarão o ano de 2020 mais endividadas, entre 15 e 25 pontos.
Estimativas do Ministério da Economia indicam um déficit primário (sem contar a rolagem da dívida) superior a R$ 800 bilhões neste ano. Os gastos extras, mais a recessão em curso, é que elevarão o endividamento em 20 pontos, para cerca de 96% do PIB.
Uma das alternativas cogitadas por economistas para impedir a crise nas finanças públicas seria criar um imposto transitório sobre a gasolina enquanto o país se reorganiza no pós-pandemia. Um aumento da carga tributária pode ser imprescindível para reverter a trajetória da dívida.
Há economistas que também sugerem contenção do gasto público, principalmente com o funcionalismo, limitando contratações e bloqueando aumentos salariais, além de privatizações e a revisão dos créditos subsidiados e outros tipos de incentivos, aponta a reportagem da Folha de S.Paulo.
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