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Economia

Em fritura acelerada, Paulo Guedes perde poder para dois ministros militares

Com sua agenda neoliberal perdendo força, Paulo Guedes vê os generais Luiz Eduardo Ramos e Walter Braga Netto se tornarem ainda mais fortes no governo. Os dois têm sido os principais conselheiros de Jair Bolsonaro e têm defendido medidas divergentes das de Guedes

Paulo Guedes, Luiz Eduardo Ramos, Walter Braga Netto e Jair Bolsonaro (Foto: Agência Brasil)
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247 - Com a sua narrativa ultraneoliberal perdendo força e em divergências políticas com Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, vê dois membros do primeiro escalão do governo ganharem mais poder. São dois generais com gabinete no Palácio do Planalto: o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e Walter Souza Braga Netto, que comanda a Casa Civil da Presidência.

Ramos ficou responsável pela articulação política com o Congresso e Netto pela interlocução do Palácio com os ministros e dos ministérios entre si. Em um contexto de economia parada e recessão prevista para 2020, Bolsonaro está se voltando cada vez mais para os conselhos dos dois militares, de acordo com informações publicadas pela coluna de Tales Faria, no portal Uol. 

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Em conflito com Guedes, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, tem recebido o apoio dos generais que são os ministros mais fortes no governo atualmente.

Nesta quarta-feira (26), Bolsonaro disse que rejeitou a proposta apresentada pelo Ministério da Economia para criação do programa Renda Brasil e alegou estar insatisfeito com os cortes de programas como o abono salarial para financiar o projeto. Também disse que o texto não será enviado ao Congresso.

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Para este programa, a equipe econômica do governo sugeriu um pagamento que gira em torno de R$ 250. Bolsonaro estaria querendo algo próximo dos R$ 300, para deixar um valor mais distante dos R$ 190 pagos, em média, por família no programa Bolsa Família, uma das principais marcas dos governos do PT. 

Guedes, no entanto, pretende cortar dinheiro de outros setores para alavancar o Renda Brasil, uma medida difícil de ser bem aceita devido à estagnação econômica, à pandemia do coronavírus e também por conta dos malefícios já causados pela PEC do Teto dos Gastos, que congelou investimentos públicos por 20 anos - a Proposta de Emenda à Constituição foi aprovada no governo Michel Temer e apoiada por Bolsonaro.

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O rombo nas contas do governo deve chegar a R$ 787,4 bilhões em 2020. Estimativas oficiais também apontaram quase 13 milhões de desempregados no País e recessão de 6% prevista para este ano. 

O fato é que o remanejamento de gastos ainda é um assunto sem definição na gestão atual. Por enquanto, o ultraneoliberalismo, baseado na entrega de setores estratégicos para estrangeiros e corte de direitos e investimentos não deu resultado. 

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