Emergentes deveriam controlar capitais, diz estudo
Economias de mercado emergentes podem ser afetadas adversamente por amplas oscilações de investimentos e devem, portanto, desenvolver ferramentas para controlar fluxos de crédito, ou correm o risco de abdicar de qualquer política monetária independente
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JACKSON HOLE, EUA, 24 Ago (Reuters) - Economias de mercado emergentes podem ser afetadas adversamente por amplas oscilações de investimentos e devem, portanto, desenvolver ferramentas para controlar fluxos de crédito, ou correm o risco de abdicar de qualquer política monetária independente.
Essa foi a conclusão de um estudo apresentado num simpósio de política monetária no Kansas City Federal Reserve, em Jackson Hole, o qual destacou o impacto mundial da política monetária não-convencional dos Estados Unidos e outros grandes bancos centrais.
Muitos países, incluindo Brasil e Índia, sofreram recentemente fortes vendas de sua moeda, ligadas em parte à perspectiva de que o Fed possa em breve reduzir o ritmo de seu estímulo monetário, de compra de títulos.
O estudo de Jackson Hole põe em evidência uma mudança no pensamento econômico convencional, que costumava promover o fluxo aberto de dinheiro entre os países, não importando as consequências.
"Políticas macroprudeciais são necessárias para restaurar a independência da política monetária para os países não-centrais", escreveu Helene Rey, professora da London Business School.
"Políticas monetárias independentes são possíveis se, e somente se, a conta capital é administrada, direta ou indiretamente, via políticas macroprudenciais", diz Rey.
(Reportagem de Pedro Nicolaci da Costa)
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