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Economia

Governo Temer defende aposentadoria aos 70 e cria polêmica

Equipe econômica vai apresentar ao Congresso uma proposta de reforma da Previdência com idade mínima de 65 anos para a aposentadoria, que aumente para as futuras gerações e chegue aos 70 daqui a 20 anos; em um país onde a expectativa de vida média é de 75 anos - e em boa parte dos estados, é ainda menor -, a ideia soou muito mal; para que a proposta fosse colocada em prática no Brasil, a expectativa de vida teria que ser de 100 anos; além disso, nenhum país do mundo adotou até hoje idade superior a 67 anos para a aposentadoria; na internet, Michel Temer, que se aposentou aos 55 e recebe R$ 30 mil mensais como benefício, já virou meme

Equipe econômica vai apresentar ao Congresso uma proposta de reforma da Previdência com idade mínima de 65 anos para a aposentadoria, que aumente para as futuras gerações e chegue aos 70 daqui a 20 anos; em um país onde a expectativa de vida média é de 75 anos - e em boa parte dos estados, é ainda menor -, a ideia soou muito mal; para que a proposta fosse colocada em prática no Brasil, a expectativa de vida teria que ser de 100 anos; além disso, nenhum país do mundo adotou até hoje idade superior a 67 anos para a aposentadoria; na internet, Michel Temer, que se aposentou aos 55 e recebe R$ 30 mil mensais como benefício, já virou meme (Foto: Aline Lima)
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247 – A equipe econômica do governo interino, Michel Temer, deverá apresentar às centrais sindicais uma proposta de reforma da Previdência que coloque um piso mínimo de 65 anos para a aposentadoria de todos os brasileiros.

Integrantes do Planalto defendem ainda que esse número seja ampliado para as futuras gerações, chegando aos 70 daqui a 20 anos. A intenção é enviar ao Congresso uma proposta com duas faixas: a primeira, de 65, com regra de transição para quem está no mercado; e a segunda, de 70, para ser aplicada em duas décadas.

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A ideia soou muito mal em um país onde a expectativa de vida média era de 75,2 anos em 2014, de acordo com o IBGE. Em boa parte dos estados brasileiros, a esperança de vida ao nascer é ainda menor: em Alagoas e no Maranhão, por exemplo, essa média é de 70 anos. Ou seja, o cidadão teria que trabalhar praticamente até morrer.

Para que a proposta da aposentadoria aos 70 anos fosse colocada em prática, a expectativa de vida do brasileiro teria que ser de 100 anos. Além disso, a sugestão vai na contramão mundial, pois nenhum país do mundo adotou até hoje idade superior a 67 anos para o cidadão se aposentar.

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Na internet, Michel Temer, que se aposentou aos 55 anos como procurador pelo Estado de São Paulo, e recebe R$ 30.613,24 mensais (valor referente ao mês de maio, segundo o Portal da Transparência, conforme divulgou o site Viomundo) como benefício, já virou piada.

Outra proposta da equipe do governo interino é diminuir a diferença de idade entre homem e mulher na aposentadoria. Hoje, para se aposentar, a mulher precisa chegar aos 30 anos de contribuição para Previdência, enquanto os homens devem ter no mínimo 35 anos. O Planalto quer reduzir essa diferença de cinco para três anos.

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Os avanços sociais contra a desigualdade de gênero, porém, também não são suficientemente favoráveis para a medida. Pesquisa do IBGE divulgada nesta quarta-feira 29 em reportagem de Fernanda Perrin, da Folha de S. Paulo, revela que as mulheres ainda recebem menos e têm jornada maior no Brasil.

É por isso que, no Brasil, as mulheres podem se aposentar mais cedo que os homens. Por outro lado, elas têm expectativa de vida maior que os homens – por isso, receberiam o benefício por mais tempo. Números do IBGE de 2000 a 2010 mostram que a participação da mulher no mercado de trabalho e seus salários cresceram, mas ainda são menores que o dos homens.

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O governo anunciou nesta quarta-feira que reduziu de 50 para 6 pessoas o número de integrantes do grupo de trabalho que discute a reforma da Previdência Social. "Ora, [com] 40, 50 pessoas discutindo, é muito mais difícil chegar a alguma conclusão do que [com] seis. Nós reduzimos o grupo a seis pessoas", justificou o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.

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