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Economia

Inflação sobe 0,07% em março e atinge menor valor no período desde o início do Plano Real

O cálculo foi realizado a partir de preços coletados entre os dias 3 e 30 de março de 2020, comparando com os preços de base vigentes entre os dias 29 de janeiro e 2 de março de 2020.Os alimentos e as bebidas sofreram o menor impacto

(Foto: ABR)
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coPor InfoMoney - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março subiu 0,07% na comparação mensal, ficando 0,18 ponto percentual abaixo da taxa de fevereiro (0,25%), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (9). Na base de comparação anual, a alta foi de 3,30%. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, três tiveram deflação em março.

Foi o menor resultado para o mês de março desde o início do Plano Real e abaixo do esperado pelos economistas.

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A expectativa mediana dos economistas compilada no consenso Bloomberg era de um avanço para 0,12% em março na comparação mensal e de alta de 3,36% na comparação anual.

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 3 a 30 de março de 2020 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de janeiro a 2 de março de 2020 (base). Em virtude da pandemia do COVID-19, o IBGE suspendeu, no dia 18 de março, a coleta presencial de preços. A partir daquela data, os preços passaram a ser coletados por outros meios, como pesquisas em sites de internet, por telefone ou e-mail.

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O grupo alimentação e bebidas apresentou a maior variação, 1,13%, e o maior impacto, 0,22 ponto percentual no mês de março, mostrando aceleração em relação ao resultado de fevereiro (0,11%).

A aceleração do grupo alimentação e bebidas foi influenciada principalmente pelo comportamento da alimentação no domicílio, que passou de 0,06% em fevereiro para 1,40% em março. Os destaques foram o ovo de galinha (4,67%), a batata-inglesa (8,16%), o tomate (15,74%), a cebola (20,31%) e a cenoura (20,39%). As carnes (-0,30%), por sua vez, apresentaram queda pelo terceiro mês consecutivo, embora o recuo nos preços tenha sido menos intenso na comparação com o mês anterior (-3,53%).

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A alimentação fora do domicílio também acelerou na passagem de fevereiro (0,22%) para março (0,51%), puxada pela alta do lanche (1,90%). A refeição, por outro lado, registrou deflação (-0,10%), após a alta de 0,35% no IPCA de fevereiro.

Outros cinco grupos também registraram alta, com destaque para educação (0,59%), que apresentou a segunda maior variação positiva, e habitação (0,13%), que havia apresentado queda em fevereiro (-0,39%).

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No grupo educação (0,59%), o maior impacto (0,04 p.p.) veio mais uma vez dos cursos regulares (0,74%), refletindo os reajustes normalmente praticados no início do ano letivo e incorporados no índice nos meses de fevereiro e março. Os cursos diversos, por sua vez, registraram queda (-0,27%), após a alta de 2,67% observada no mês anterior.

Após a queda de 0,39% em fevereiro, o grupo habitação apresentou alta d influenciado pelas altas do gás de botijão (0,60%) e da energia elétrica (0,12%). No que diz respeito à energia elétrica, vale lembrar que, em março, houve a manutenção da bandeira tarifária verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz.

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No lado das quedas, embora a menor variação tenha sido a dos artigos de residência (-1,08%), a maior contribuição negativa no índice do mês (-0,18 p.p.) veio dos transportes (-0,90%).

Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,23% em despesas pessoais e as altas de 0,21% em vestuário e saúde e cuidados pessoais.

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No grupo transportes, além da queda nos preços das passagens aéreas (-16,75%), todos os combustíveis (-1,88%) pesquisados apresentaram queda: etanol (-2,82%), óleo diesel (-2,55%), gasolina (-1,75%) e gás veicular (-0,78%). No caso da gasolina, ao longo do mês de março, a Petrobras anunciou uma série de reduções nos preços desse combustível nas refinarias, sendo a última de 5,00% no dia 28 de março. À exceção de Salvador (2,14%), Campo Grande (0,52%) e São Luís (0,07%), todas as áreas registraram recuo nos preços, que foram desde os -3,45% em Vitória até o -0,51% em Belém.

No lado das altas dos Transportes, destaca-se o item ônibus urbano (0,32%), que foi influenciado pelos reajustes de 5,00% em Salvador (3,50%), vigente desde 12 de março, e de 8,82% em São Luís (4,52%), aplicado a partir de 16 de fevereiro. Já a variação positiva do item trem (0,08%) é consequência do reajuste de 2,17% nas passagens do Rio de Janeiro (0,21%), vigentes desde 2 de fevereiro.

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