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Economia

Jean Paul Prates promete manter "dividendos robustos" da Petrobrás em 2023

Em discurso nesta quinta, o presidente Lula criticou duramente o 'megadividendo' anunciado pela Petrobrás, de R$ 215,7 bi, e afirmou que a empresa deve investir no país

Jean Paul Prates (Foto: SERGIO MORAES/REUTERS | Marcos Oliveira/Agência Senado)
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Reuters - A Petrobrás terá ainda robustez no pagamento de dividendos aos seus acionistas em 2023, pois planeja registrar lucros à altura do auferido no último ano, mas os desafios a serem enfrentados serão ainda maiores, afirmou nesta quinta-feira o presidente da petroleira, Jean Paul Prates.

"São circunstâncias diferentes, é um desafio maior, até porque não vamos necessariamente sair vendendo ativos por decisões governamentais como foi feito antes, não vamos nos desfazer de refinarias ou de regiões inteiras simplesmente porque o governo quer", disse o executivo, ao participar de videoconferência com analistas sobre o resultado recorde da empresa em 2022.

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>>> Lula sobe o tom contra Petrobrás e critica ‘megadividendo’ de R$ 215,7 bi: "deveria investir no crescimento desse país"

"Onde houver oportunidade no território brasileiro ou até no exterior, nós vamos perseguir. E quem vai decidir isso não é um imperador, ou uma pessoa só, é o Conselho de Administração, é uma diretoria executiva competente, é um diálogo aberto inclusive com investidores e pessoas que acreditam na Petrobrás."

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A companhia registrou lucro líquido recorde de 188,3 bilhões de reais em 2022, alta de 77% ante o ano anterior, principalmente devido à alta dos preços do petróleo Brent, melhor resultado financeiro e ganhos com acordos de coparticipação em campos da cessão onerosa.

Prates lembrou também que o ano de 2022 foi marcado por questões conjunturais de preços de petróleo, cujo mercado foi impulsionado inclusive pela guerra na Ucrânia e sanções à Rússia.

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Ele comentou ainda que os resultados recentes da empresa também tiveram influência de uma retomada da economia pós-Covid e sinalizou que poderá haver uma mudança na dinâmica de importação de combustíveis do país.

IMPACTO DAS IMPORTAÇÕES

A adoção nos últimos anos pela Petrobrás de uma política de preços de combustíveis que segue a paridade de importação permitiu o surgimento de novos atores nas importações brasileiras, reduzindo o protagonismo da petroleira estatal no abastecimento nacional.

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Prates, no entanto, sinalizou que isso pode mudar.

"O indicativo do governo que interferiu diretamente na Petrobrás era de que ela de fato abrisse espaço para a concorrência do importado e isso provavelmente vai mudar", afirmou.

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"Não é que a gente vá fazer a política de preços do Brasil, eu insisto em dizer que isso é questão de governo, a Petrobrás tem a política comercial dela... Ela vai buscar as condições mais competitivas, e ela vai se defender quando for acusada de que está tirando esse ou aquele concorrente", afirmou.

Em sua primeira videoconferência sobre resultados trimestrais após tomar posse em janeiro, o presidente disse que a Petrobrás precisa estar preparada para a "inevitável" transição energética e quer ter um papel de liderança neste cenário de busca por uma economia de baixo carbono.

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Mas enquanto isso focará na produção de petróleo do pré-sal para obter recursos fundamentais para aquele futuro, afirmou nesta quinta-feira o presidente da companhia, Jean Paul Prates.

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