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Economia

Lula ataca política abusiva de reajuste de combustíveis e diz que boa parte da inflação se deve a um "governo irresponsável"

"O ano mal começou e o Brasil já enfrenta a primeira alta nos combustíveis de 2022. Já o aumento do salário mínimo não irá sequer cobrir a inflação", disse Lula

(Foto: Ricardo Stuckert | ABr)
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247 - O ex-presidente Lula criticou a política econômica do governo de Jair Bolsonaro nesta quarta-feira (12), que levou a inflação em 2021 a fechar em 10,06%, quase o dobro do teto da meta definida pelo próprio governo, que foi de 5,25%

Pelo Twitter, classificou o governo de "irresponsável" pela política de reajustes de preços de combustíveis. "É importante o povo saber que boa parte da inflação nesse país se deve aos preços controlados por um governo irresponsável. Segundo o IBGE, em 2021, a Gasolina ficou 47% mais cara, o Diesel 46%, o botijão de gás 36%", disse o ex-presidente. 

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Lula lembrou também dos reajustes de 8% no preço do diesel e de 4,85% no da gasolina nas refinarias, anunciado pela Petrobrás, que entra em vigor já nesta quarta-feira. "E hoje é 12 de janeiro, o ano mal começou, e o Brasil já enfrenta a primeira alta nos combustíveis de 2022. Já o aumento do salário mínimo, esse ano, não irá sequer cobrir a inflação", afirmou. 

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Leia também reportagem da Reuters sobre o novo aumento de combustíveis:

SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras informou que aumentará os preços do diesel nas refinarias em 8% a partir de quarta-feira, enquanto a gasolina vendida às distribuidoras terá aumento médio de 4,85%, de acordo com nota publicada pela companhia nesta terça-feira.

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O diesel passará de 3,34 para 3,61 reais por litro, enquanto a gasolina subirá de 3,09 para 3,24 reais por litro. Os preços atuais estão nos maiores patamares nominais desde pelo menos meados de 2019, segundo números da Petrobras compilados pela Reuters, com contribuição das cotações do petróleo e do câmbio.

"Após 77 dias sem aumentos, a partir de amanhã a Petrobras fará ajustes nos seus preços de venda de gasolina e diesel para as distribuidoras", disse a companhia em nota.

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A alta nos combustíveis, importante fator para a inflação ter ficado acima da meta do governo brasileiro em 2021, ocorre em momento em que os preços do petróleo Brent são cotados em torno de 82 dólares o barril, com alta de mais de 5% em janeiro.

"Esses ajustes são importantes para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras", disse a companhia.

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A Petrobras não consegue atender todo o mercado de combustíveis do Brasil, e importadores têm importante participação, o que exige que valores estejam na paridade de importação.

Com o ajuste, as defasagens de preços locais em relação à paridade de importação diminuirão, disse o presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo.

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"As defasagens serão diminuídas, mas continuarão... Os preços das commodities estão subindo", disse ele, lembrando que a diferença antes do reajuste era de -6% para a gasolina e de -10% para o diesel.

Já a Petrobras reiterou em nota seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, "acompanhando as variações para cima e para baixo, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato para os preços internos, das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais".

As ações preferenciais da Petrobras aceleraram alta após o anúncio do reajuste. Por volta das 13h15, subiam 1,5%, enquanto o Ibovespa avançava 1%.

Segundo a Petrobras, considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da empresa no preço ao consumidor passará de 2,26 reais, em média, para 2,37 reais a cada litro.

No caso do diesel, considerando a mistura obrigatória de 10% de biodiesel, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de 3,01 reais, em média, para 3,25 reais a cada litro na bomba.

O valor nos postos também depende de tributos e das margens de distribuidores e revendedores.

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