Mercado apenas responde à ausência de governo, diz economista
O dólar superou a marca de R$ 3,96, mesmo após o Banco Central reforçar a intervenção no câmbio; é o maior patamar desde março de 2016. O Ibovespa chegou a recuar quase 6%; para o economista-chefe da Spinelli Corretora, André Perfeito, o mercado percebe o descontrole do governo Michel Temer e reage aos sinais de que a população pode rejeitar nas urnas a agenda de reformas ortodoxas
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247 - O dólar superou a marca de R$ 3,96, mesmo após o Banco Central reforçar a intervenção no câmbio. É o maior patamar desde março de 2016. O Ibovespa chegou a recuar quase 6%. Para o economista-chefe da Spinelli Corretora, André Perfeito, o mercado percebe o descontrole do governo Michel Temer e reage aos sinais de que a população pode rejeitar nas urnas a agenda de reformas ortodoxas.
“O mercado está percebendo um grau de descontrole do governo atual. Por exemplo, você teve a ação dos caminhoneiros, o governo anunciou um tabelamento [do frete], que já gerou reclamações com os ruralistas. O governo não está conseguindo estabilizar essa questão. Tenta coisas fora do lugar, como usar força de polícia para garantir o desconto do diesel na bomba. Todo esse conjunto cria um espaço para dúvidas a respeito da capacidade de o governo estabilizar algumas variáveis”, diz André Perfeito.
Para tentar conter a escalada da moeda estrangeira, o Banco Central promoveu um leilão extraordinário de 40 mil contratos de swaps cambiais, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro, correspondendo a US$ 2 bilhões. Mais cedo, no leilão rotineiro, a autoridade monetária já havia vendido o lote integral de 15 mil contratos, representando US$ 750 milhões.
Não surtiu efeito. Em algumas casas de câmbio, a moeda norte-americana já era negociada, nesta quinta, a R$4,16, incluindo o imposto sobre operações financeiras (IOF). No cartão de viagem pré-pago, o valor chegava a R$ 4,35.
A alta do dólar tem impacto sobre a inflação, uma vez que insumos e produtos importados ficam mais caros e tendem a ser repassados aos preços finais ao consumidor.
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