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Economia

Miriam Leitão: privilégios dados aos militares ameaçam reforma da Previdência

Proposta de reforma no sistema de aposentadorias e pensões dos militares, acompanhada pela restruturação da carreira e do aumento do soldo, enviada nesta quarta-feira (20) ao Congresso pelo governo Jair Bolsonaro, deverá tornar mais difícil a aprovação da reforma da Previdência, diz a jornalista Miriam Leitão; Hoje o rombo é de R$ 40 bilhões. O déficit real é menor porque não há contribuição patronal. Mesmo assim, o ganho médio de R$ 1 bi por ano não resolve o buraco", diz

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247 - A proposta de reforma no sistema de aposentadorias e pensões dos militares, acompanhada pela restruturação da carreira e do aumento do soldo, enviada nesta quarta-feira (20) ao Congresso pelo governo Jair Bolsonaro, deverá tornar mais difícil a aprovação da reforma da Previdência, diz a jornalista Miriam Leitão em seu blog no jornal O Globo. "Se o gasto médio anual será de R$ 8,6 bilhões, o que está acontecendo é uma elevação de cerca de 34% no custo da folha dos militares da ativa, que hoje é de R$ 25 bilhões", destaca. Para ela, este aumento enfraqueceu o discurso oficial de combate aos privilégios e da necessidade do ajuste fiscal.

Apesar disso, ela ressalta que "as Forças Armadas têm razão quando dizem que criou-se uma defasagem nos últimos anos entre a carreira militar e outras do setor público". O problema, porém, segundo ela, é que "as regras foram decididas dentro das Forças Armadas. À equipe econômica coube engolir e justificar algo que desafina completamente com tudo o que vem sendo dito pelo ministro Paulo Guedes", ressalta.

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"Ontem ele afirmou que a previdência dos militares será superavitária após a reforma. Não será, evidentemente. Hoje o rombo é de R$ 40 bilhões. O déficit real é menor porque não há contribuição patronal. Mesmo assim, o ganho médio de R$ 1 bi por ano não resolve o buraco", observa.

"Os militares continuarão com vantagens que já estão caindo para todos os funcionários públicos e nunca existiram para os outros trabalhadores, como a paridade e a integralidade. Ou seja, vão se aposentar com o mesmo salário e na reserva receberão todos os reajustes que forem dados para os da ativa", pontua.

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Leia a íntegra da análise.

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