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Economia

Mudança em Viracopos tem aval de Dilma

Capacidade gerencial e situao financeira do consrcio Triunfo Participaes, UTC, de Ricardo Pessoa, e Egis Airport questionada oficialmente na Agncia Nacional de Aviao Civil; governo est preocupado com o resultado do leilo dos aeroportos

Mudança em Viracopos tem aval de Dilma (Foto: DIVULGAÇÃO)
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247 – A decisão da Odebrecht de apresentar recurso contestando o resultado do leilão para exploração do aeroporto de Viracopos, em Campinas, pode ter contado com apoio do Palácio do Planalto. A informação é da colunista Sonia Racy, do jornal Estado de S. Paulo. Comenta-se que a presidente Dilma Rousseff estaria preocupada com os consórcios que venceram os leilões, quase todos formados por empresas inexperientes, mas em ascensão, e com os riscos de que problemas nos aeroportos comprometam a qualidade da Copa de 2014. Leia, abaixo, reportagem anterior do 247 sobre o caso:

O que praticamente todo o mercado estranhou pode a partir de agora, finalmente, ficar mais claro – e com isso mudar radicalmente o resultado da concorrência de concessão do Aeroporto de Viracopos, em Campinas. O consórcio Novas Rotas, formado pelos grupos Odebrecht e Changi, de Cingapura, entrou com recurso administrativo na Anac – Agência Nacional de Aviação Civil, pedindo a desclassificação dos vencedores Triunfo Participações (TPI), UTC Participações, do empresário Ricardo Pessoa, e Egis Airport.

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A capacidade gerencial da operadora francesa Egis e a situação financeira da Triunfo Participações, associada à UTC Participações, estão sendo questionadas no recurso. O consórcio não teria condições de honrar os aportes e financiamentos necessários para cobrir o lance dado no leilão, de R$ 3, 82 bilhões, que representou um ágio de 159,75%. Igualmente não apresentaria fluxo financeiro para fazer frente aos investimentos determinados pelo edital.

A reclamação da Odebrecht Infraestrutura e da Changi Airport Group, administradora do Aeroporto de Cingapura, um dos mais modernos e movimentados do mundo, também é dirigida contra a francesa Egis Airport. Ilustre desconhecida no setor aéreo mundial, a operadora administra apenas dois aeroportos internacionais, ambos no Chipre. A Changi, enquanto isso, exibe um presente de operação de mais de 6,1 mil voos semanais para 210 cidades em 60 países.

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A presidente Dilma Rousseff, logo após os resultados dos leilões, confidenciou a assessores não ter ficado satisfeita com o resultado, em razão, especialmente, da pouca experiência em operação de aeroportos das companhias vencedoras.

No campo financeiro, a TPI, por seu lado, já registra um histórico de blefe. Em 2008, a empresa ganhou mas não pôde levar licitação aberta pelo governo de São Paulo no setor de rodovias exatamente por não ter conseguido comprovar garantias para cobrir seu próprio lance.

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No leilão de concessão do Aeroporto de Viracopos, o grupo liderado pela TPI ofereceu R$ 3,82 bilhões, o que representou um ágio de 159,75%. O consórcio Novas Rotas ficou em segundo lugar, com proposta de ágio de 71% sobre o lance mínimo, ofertando R$ 2,524 bilhões. A Anac não divulgou data para a análise do recurso apresentado na terça 6.

A iniciativa do recurso administrativo sobre o resultado de Viracopos pode despertar reclamações também frente ao final da concorrência para o Aeroporto de Brasília. Ali foi registrado o maior ágio dessa etapa de concessões, que também incluiu a do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. O consórcio composto pela empreiteira Engevix e a operadora Corporación América, da Argentina, venceu o leilão com lance de R$ 4,5 bilhões, ágio de 673%. O mínimo era de R$ 582 milhões. As suspeitas de baixa capacidade financeira do líder econômico e de péssimo histórico administrativo do parceiro operador – a Corporación America administra o aeroporto de Ezeiza, em Buenos Aires, mas já bateu às portas da falência depois de obter a concessão de operação, tendo sido salvo por um aporte governamental estimado em US$ 100 milhões, dois anos atrás – são recorrentes.

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