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Economia

Não houve retomada: produção industrial brasileira fecha 2019 com queda de 1,1%

Dezesseis das 26 atividades industriais pesquisadas tiveram queda no ano passado, de acordo com dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) divulgados pelo IBGE. Discurso de membros do governo Bolsonaro apontam retomada, mas a nova estatística mostra o fracasso do entreguismo econômico e dos cortes de direitos e investimentos

(Foto: Reuters | Isac Nóbrega/PR)
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Por Vitor Abdala - Repórter da Agencia Brasil

A indústrias extrativas do país fechou 2019 com uma queda de 1,1%, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) divulgados nesta terça-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio depois de duas altas consecutivas, em 2017 (2,5%) e 2018 (1%).

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Segundo o gerente da pesquisa, André Macedo, um dos responsáveis pela queda de 2019 foi o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG), que teve impacto importante no recuo de 9,7% das indústrias extrativas no ano.

Mas esse não foi o único motivo para a queda. Dezesseis das 26 atividades industriais pesquisadas tiveram queda no ano. “A produção industrial pode estar sendo impactada pelas incertezas no ambiente externo e também pela situação do mercado de trabalho no país que, embora tenha tido melhora, ainda afeta a demanda doméstica”, explica Macedo.

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Além das indústrias extrativas, tiveram quedas importantes os segmentos de metalurgia (-2,9%), de celulose, papel e produtos de papel (-3,9%) e de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-9,1%).

Por outro lado, dez atividades tiveram alta e evitaram um desempenho mais negativo da indústria, entre elas produtos alimentícios (1,6%), veículos automotores, reboques e carrocerias (2,1%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,7%), produtos de metal (5,1%) e bebidas (4%).

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Entre as quatro grandes categorias econômicas da indústria, a queda foi puxada pelos bens intermediários, isto é, os insumos industrializados usados no setor produtivo (-2,2%) e pelos bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos (-0,4%).

Por outro lado, os bens de consumo tiveram alta. Os bens duráveis cresceram 2% e os bens semi e não duráveis, de 0,9%.

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Dezembro

Analisando-se apenas o mês de dezembro de 2019, a indústria teve quedas de 0,7% na comparação com o mês anterior e de 1,2% em relação a dezembro de 2018.

Na comparação com novembro, a queda foi puxada pelos bens de capital (-8,8%). Entre as atividades da indústria, os principais recuos vieram de indústrias extrativas (-1,4%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-6,2%), de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-6,6%), de metalurgia (-1,9%) e de produtos de metal (-2,9%).

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Em relação a dezembro de 2018, o principal resultado negativo também veio dos bens de capital (-5,9%). Entre as atividades, as maiores quedas foram observadas nos segmentos de indústrias extrativas (-12,2%), metalurgia (-10,4%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-17,3%) e máquinas e equipamentos (-7,2%).

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