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Economia

No dia do balanço, Graça sofre pressão máxima

Enquanto as ações da Petrobras caem com força, à espera da divulgação do balanço nesta sexta-feira, líderes da oposição cobram a demissão da presidente da estatal depois que reportagem do jornal Valor Econômico trouxe o depoimento da ex-gerente Venina Velosa da Fonseca, que disse ter alertado Graça Foster sobre desvios na empresa em 2009; companhia contestou, afirmando que todas as providências foram tomadas; deputados Antonio Imbassahy (PSDB), Mendonça Filho (DEM) e Rubens Bueno (PPS) dizem que a executiva perdeu a condição de permanecer no posto e defendem a renovação da diretoria da estatal; Petrobras divulga hoje, após o pregão, resultado que era esperado para 14 de novembro

Enquanto as ações da Petrobras caem com força, à espera da divulgação do balanço nesta sexta-feira, líderes da oposição cobram a demissão da presidente da estatal depois que reportagem do jornal Valor Econômico trouxe o depoimento da ex-gerente Venina Velosa da Fonseca, que disse ter alertado Graça Foster sobre desvios na empresa em 2009; companhia contestou, afirmando que todas as providências foram tomadas; deputados Antonio Imbassahy (PSDB), Mendonça Filho (DEM) e Rubens Bueno (PPS) dizem que a executiva perdeu a condição de permanecer no posto e defendem a renovação da diretoria da estatal; Petrobras divulga hoje, após o pregão, resultado que era esperado para 14 de novembro (Foto: Gisele Federicce)
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247 – A presidente da Petrobras, Graça Foster, sofre pressão máxima nesta sexta-feira 12, dia em que a empresa divulga seu resultado não auditado, esperado inicialmente para o dia 14 de novembro. As ações da empresa caíam quase 4% nesta tarde, puxando o principal índice da Bovespa, que registrava queda de quase 3%.

Outro fator pressiona a executiva. Reportagem do jornal Valor Econômico trouxe hoje o depoimento da geóloga Venina Velosa da Fonseca, que foi gerente-executiva da área de abastecimento da Petrobras. Ela revelou ter avisado Graça Foster sobre irregularidades em negócios da companhia em 2009 (leia mais).

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A estatal contestou, em nota, argumentando que todas as providências foram tomadas e "todas as informações enviadas pela empregada citada na matéria", apuradas. Segundo Venina, ela alertou a executiva sobre excessos de aditivos na Refinaria Abreu e Lima e também sobre serviços pagos e não prestados.

Por conta da reportagem, os líderes dos partidos de oposição no Congresso pedem agora a demissão imediata de Graça Foster. Para o deputado Antonio Imbassahy (BA), líder do PSDB na Câmara, ela perdeu as condições de permanecer no cargo. "Ela vai se transformando numa presidente fraca, que não tomou as devidas providências", disse.

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Mendonça Filho, do DEM de Pernambuco, reafirmou a importância de se renovar a diretoria da Petrobras, como também defendeu o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. "A oposição tem insistido para que a presidente da República renove a diretoria da Petrobras, para que a empresa possa ter um comando sem histórico de relação com as denúncias", afirmou.

O líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), chamou de "enredo estarrecedor" a permanência da executiva na presidência da estatal. Não há mais "desculpa", disse ele, para que a presidente Dilma Rousseff mantenha no posto "sua protegida e toda a diretoria da Petrobras". "Se não o fizer [demiti-los], vai sinalizar que também faz parte da quadrilha que saqueou a Petrobras", atacou.

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Leia abaixo reportagem do portal Infomoney sobre o mercado. O Ibovespa registrava queda de quase 3% às 14h30, puxado pelas ações da Petrobras:

Ibovespa acelera perdas puxado por Petrobras e cai 3%; dólar sobe para R$ 2,67

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Por Ricardo Bomfim

SÃO PAULO - O Ibovespa tem nova queda forte nesta sexta-feira (12) após leve alívio na quinta, quando o índice subiu 0,63%. O movimento de baixa se mantém, seguindo a tendência dos mercados europeus, que são prejudicados pelas ações de empresas ligadas a commodities. Dados fracos da China e quarta revisão para baixo da demanda do petróleo pela AIE (Agência Internacional de Energia) nos últimos cinco meses derrubam ainda mais os preços dos produtos de baixo valor agregado.

Às 14h13 (horário de Brasília), o Ibovespa caía 2,89%, a 48.421 pontos, enquanto o dólar voltava a disparar, subindo +0,91%, a R$ 2,6718.

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Com a abertura das bolsas nos Estados Unidos, a Bolsa acelerou suas perdas como vem ocorrendo nos últimos dias. Como o peso do investidor estrangeiro na Bovespa é muito grande, o movimento no mercado norte-americano influencia muito os movimentos de compra ou venda aqui. Nos EUA, os principais índices têm a primeira semana de queda em dois meses, depois de bater perto da máxima histórica na semana passada.

Segundo o analista da XP Investimentos, Celson Plácido, o cenário para a Bovespa atual é "mais complicado do que qualquer economista poderia prever". Para ele, a conjunção entre queda nos preços das commodities e escândalos na Petrobras impactarão negativamente o PIB em 2015, já que as obras de infraestrutura devem ser prejudicadas pelas investigações nas maiores empreiteiras no país.

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Vale lembrar ainda que na terça-feira (16) haverá vencimento de opções, sendo que os negócios com este tipo de derivativo não poderão ser realizados na segunda. Com isso, a volatilidade hoje é esperada em razão dos investidores que tentam fortalecer suas posições.

Ações em destaque

No radar hoje está a divulgação do resultado não auditado da Petrobras (PETR3, R$ 9,58, -4,58%; PETR4, R$ 10,31, -4,71%). Os escândalos de corrupção na companhia continuam rendendo manchetes aos jornais depois que a estatal passou a sofrer com ameaças de ações judiciais tanto aqui como nos Estados Unidos.

A queda do petróleo também afeta a empresa, porque torna cada vez mais distante a possibilidade de viabilização da exploração do pré-sal. Ontem, o barril do WTI, petróleo negociado na Bolsa de Nova York, fechou abaixo dos US$ 60, na mínima em cinco anos.

A Vale (VALE3, R$ 19,08, -1,50%; VALE5, R$ 16,30, -1,09%) voltaram a cair depois da abertura nos EUA.

Ainda no noticiário corporativo Conselho de Administração da BM&FBovespa (BVMF3, R$ 8,87, -1,99%) aprovou em reunião de quinta-feira a renovação de programa de recompra de até 60 milhões de ações, além de proposta de despesas ajustadas em 2015, e os investimentos dos próximos dois anos. O programa de recompra corresponde a até 3,3 por cento das ações da companhia e terá validade de um ano. O orçamento de despesas ajustadas aprovado pelo conselho para 2015 é de entre 590 milhões e 615 milhões de reais.

Cenário fiscal No cenário doméstico ainda se repercute a entrega de um pacote de ajuste fiscal à presidente Dilma Rousseff (PT) pela sua nova equipe econômica noticiada pela Folha de S. Paulo. As medidas são para chegar à meta de um superávit primário próximo a 1% do PIB em 2015 e inclui aumento de receitas e corte de gastos do governo. O valor do ajuste nas contas públicas poderá ficar entre R$ 90 bilhões e R$ 100 bilhões no ano que vem.

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