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Economia

O que esperar em 2013

Repito que estou otimista em relação a 2013 e acho que todo investidor deveria estar no Mercado de ações. Entretanto há algumas nuvens no horizonte e Obama vai ter que mudar a politica externa

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A conjuntura econômica dos últimos anos foi conturbada e celebrei com alívio a chegada de 2013.

Os Estados Unidos continuam crescendo lentamente. A produção industrial do País expandiu à taxa de 2% no ano passado, mais do que a maioria dos países desenvolvidos, exceto a Alemanha. A Europa e o Japão também vão saindo da recessão, ainda que lentamente. Do ponto de vista do investidor a Europa está de volta ao normal: as taxas de juros na Espanha, Itália e Portugal estão caindo a níveis de Março de 2011, os credores da divida grega acreditam que vão receber em Euro, ninguém mais acredita que a moeda vai acabar. A China também está se estabilizando e ainda que esteja crescendo abaixo da taxa dos últimos anos, ainda registra um crescimento de mais de 7%.

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Aqueles que leem minha newsletter sabem que tenho sido otimista em relação aos EUA e particularmente otimista em relação a investimentos no EUA. Na verdade, quem investiu em SPY em Janeiro de 2012 (a ETF que acompanha o S&P) teve uma rentabilidade de 16% em 2012. Embora o ano passado tenha sido um ano de volatilidade, um ano dominado pela crise na Europa e pelo medo de contagio, o investidor que teve a capacidade de ignorar o ruído, teve uma excelente performance. Entretanto a maioria dos investidores preferiu ficar fora do Mercado, esperando o melhor momento para entrar. Este momento chegou e passou várias vezes. Agora estes investidores estão voltando ao Mercado e no mês passado mais de 9 bilhões foram para fundos de ações.

Minha visão é de que os fatores determinantes da volatilidade nos últimos anos não estão mais presentes ou estão desaparecendo. Como mencionei anteriormente, apesar da Europa não estar completamente “fora de perigo” está em muito melhor condição; a eleição Americana passou e também o abismo fiscal. Agora, os republicanos decidiram dar outro refresco ao Mercado e se comprometeram a autorizar o aumento do teto de endividamento por mais três meses. Deve ser aprovado dia 23. Claro que isto significa empurrar com a barriga por mais três meses, mas mesmo assim é uma boa notícia para o investidor. Os resultados apresentados pelas corporações no trimestre passado não foram ótimos, mas também não foram ruins. Os resultados que estão sendo anunciados agora tem seguido o mesmo padrão. Alguns setores estão indo muito bem e como ressaltei em artigo anterior, o resultado das empresas de alguma maneira ligadas ao setor de habitação confirmam a recuperação deste segmento, o que é fundamental para o crescimento da economia.

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Obama inicia o segundo termo de sua presidência mais maduro, com mais habilidade para lidar com os desafios. Ele também sai fortalecido das eleições, mesmo que alguns não queiram admitir. Pesquisas recentes mostram que 70% dos Americanos gostam dele, a taxa de aprovação é 53% enquanto a taxa de aprovação de John Boehner é de 18%. É verdade que os republicanos ainda têm a maioria na Câmara, mas eles sabem que na verdade tiveram a minoria dos votos nas eleições para a Câmara no pais e a maioria só foi possível devido às mudanças que fizerem nos distritos. Finalmente, Obama decidiu engajar o publico em todas as disputas e até agora tem sido bem sucedido na tática de culpar os republicanos.

Como presidente, ou qualquer executivo, a pessoa começa com grandes planos e uma agenda de ação. Entretanto os fatos acabam mudando os planos e prioridades. Por exemplo, o debate sobre armas, ausente durante a campanha eleitoral, é agora uma prioridade para Obama. Isto me leva aos conflitos geo políticos.

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Repito que estou otimista em relação a 2013 e acho que todo investidor deveria estar no Mercado de ações. Entretanto há algumas nuvens no horizonte e Obama vai ter que mudar a politica externa. Os Estados Unidos tem se concentrado nos problemas domésticos e tem ignorado o que se passa no resto do mundo. É uma opção de politica externa que eles chamam “leading from behind”. O Oriente Médio está em caos assim como a África do Norte. A cada dia, um ataque de Israel ao Irã parece mais provável. Não vamos nos esquecer da Síria, em Guerra civil e próxima da anarquia com a possibilidade de contaminar o Líbano e Iraque. China e o Japão estão escalando a disputa das ilhas (que os chineses chamam Diaoyu e os japoneses Senkaku) e jatos militares de ambos os países estão na região o que aumenta o risco de conflito.

Infelizmente, meu otimismo não se estende ao Brasil. Ver as manchetes dos jornais brasileiros desaponta, por exemplo, “maioria dos médicos é incompetente, mas poderá exercer a profissão” ou “Dilma usou mágica para cumprir a meta fiscal” ou ainda “Dilma aumenta a criação de empresas estatais”. Mas nada supera a foto de primeira página da Folha de São Paulo, onde vemos Genoino tomando posse no Congresso, depois de ser condenado pelo Supremo...

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