Oposição cobra de Guedes explicações sobre projeto de reforma tributária
Deputado Afonso Florence (PT-BA) protocolou requerimento em que enumera questionamentos sobre os dados e a metodologia utilizada pelo governo na elaboração da proposta, que acaba com o PIS e a Cofins e cria a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS)
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247 - Representante da oposição da Comissão Mista da Reforma Tributária, o deputado federal Afonso Florence (PT-BA) cobrou explicações ao ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre projeto do governo que acaba com o PIS e a Cofins e cria a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). As declarações foram feitas durante audiência pública virtual da Comissão nesta quarta-feira (5).
Florence protocolou o requerimento nº 912/2020, juntamente com Enio Verri, líder do PT na Câmara, em que enumera questionamentos sobre os dados e a metodologia utilizada pelo governo na elaboração da proposta.
O documento é sustentado no Parágrafo 5º do Artigo 50 da Constituição Federal, que estipula o prazo máximo de 30 dias para a resposta. A Constituição estabelece que, se as informações não forem fornecidas, ou forem fornecidas informações inverídicas, o ministro pode ser processado por cometimento de crime de responsabilidade.
O parlamentar solicitou ao ministro que apresente a metodologia e os números que levaram o governo a propor a alíquota de 12% para o CBS e a estimativa de arrecadação, questões constantes do requerimento de informações. “Ministro, qual a base de cálculo para chegar aos 12% - (metodologia, conceitos e seus racionais)? Qual é o montante de créditos PIS e a Cofins apurados pelos diferentes modalidades dessa tributação – (não cumulativo, cumulativo, monofásico e o setor financeiro)? Qual é o montante de créditos arrecadados pelos setores produtivos (indústria, setor de serviços, instituições financeiras, pessoas jurídicas de direito público)?”, questionou.
Florence também pontuou que a tributação sugerida pelo governo de criação de um novo imposto sobre a economia digital (aplicativos) e desoneração da folha de pagamentos das empresas também é regressiva. “E registro que reforma tributária é a que tributa os super-ricos, feita pela oposição, e que está na emenda substitutiva global 178/29, apresentada à PEC 45/19”, concluiu Florence.
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