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Economia

Petrobrás pagará dividendos bilionários para acionistas às custas do povo: "é o resultado do golpe de 2016"

A Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet) criticou decisão da estatal de antecipar para os acionistas pagamento superior a R$ 31 bilhões em dividendos. O lucro dos acionistas da Petrobrás em 2021 foi resultado dos reajustes dos derivados de petróleo. "É o resultado do golpe de 2016", afirmou o coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar

Coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar (Foto: Reprodução/Facebook | Agência Brasil | Reuters)
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247 - A Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet) divulgou uma nota contra a decisão da estatal de antecipar para os acionistas pagamento de R$ 31,6 bilhões em dividendos. "É o resultado do golpe de 2016", disse o coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar. "Nós sempre alertamos que esse seria o projeto para a Petrobras pós-golpe, projeto que está sendo consolidado agora por um governo fascista. Estão seguindo o acordo de Guedes e Castelo Branco com os acionistas de Nova Iorque", afirmou. De acordo com a Aepet, será a maior distribuição de dividendos já feita pela empresa. O valor mais alto já pago até então foi referente ao exercício de 2011, quando a Petrobrás distribuiu R$ 12 bilhões em dividendos.

Além dos ganhos obtidos com as privatizações, o lucro dos acionistas da Petrobrás em 2021 foi resultado dos reajustes dos derivados de petróleo baseados no Preço de Paridade de Importação (PPI). Desde o início do ano, a empresa já aumentou em 46% o preço da gasolina nas refinarias, em 40% o do diesel e em 38% o preço do GLP (gás de cozinha).

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Segundo a Aepet, o "lucro obtido pela Petrobrás com o aumento das vendas de combustíveis no mercado nacional foi impulsionado, principalmente, pelos preços abusivos pagos pelos brasileiros, o que fez a receita da empresa mais do que dobrar neste segundo trimestre, em comparação ao mesmo período do ano passado".

"Os bilhões que estão sendo apropriados pelos acionistas privados – sendo que 40,6% deles estão fora do Brasil – são resultado direto do desmonte do Sistema Petrobrás e dos custos que isso representa no bolso dos consumidores", destacou.

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O coordenador da FUP lembra que a eleição presidencial de 2022 definirá os rumos do país e da Petrobrás e chama atenção para o que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já alertou. "O mercado financeiro deveria investir no setor produtivo e não em ganhos especulativos obtidos às custas de um projeto que se alimenta da fome e do desemprego do povo. Portanto, como bem disse o (ex) presidente Lula, quem estiver comprando ativos da Petrobrás a preço de banana deve se preocupar, pois iremos reverter tudo isso", afirma Deyvid Bacelar.

Lucro para os acionistas, prejuízos para o povo

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Rafael Rodrigues da Costa, pesquisador do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustiveis (Ineep), chama atenção para três dados do balanço da Petrobrás: o aumento de 117,5% na receita total de vendas, em comparação ao segundo trimestre de 2020, o aumento de 123,3% da receita de vendas no mercado interno e o aumento de 106,2% na receita com exportações de petróleo.

"Além do aumento nas vendas, a receita de vendas da Petrobras também foi impulsionada pelo aumento do preço dos seus derivados no mercado interno em 102,9%. Reflexo da política de preços de paridade de importação (PPI) adotada pela estatal, que reajusta o preço dos derivados a partir de mudanças nas cotações internacionais do petróleo, na taxa de câmbio e custos logísticos, o crescimento das vendas da Petrobras no mercado brasileiro, somado as altas nos preços dos derivados, fizeram com que a receita de vendas da companhia para o mercado interno saltasse 123,3% no 2T21, ficando em R$ 75,3 bilhões", explica Rafael.

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Segundo o pesquisador do Ineep, o aumento de 106,2% nas receitas da Petrobrás com exportações de óleo cru se deu "sobretudo pela forte valorização do preço do Brent, que obteve um salto anual de 135,7%, ao mesmo tempo em que houve aumento nas exportações de petróleo cru, de 8,0%".

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