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Economia

Presidente do BNDES alerta que devolução de R$ 180 bi pode matar o banco

O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, afirmou nesta quinta-feira, 14, que o pedido de devolução de R$ 180 bilhões do banco ao Tesouro, para amenizar o rombo fiscal do governo de Michel Temer reduziria o tamanho do BNDES; "Não é a solução mais inteligente, no sentido que diminui o tamanho do banco. Diminui as características emprestadoras do banco", disse, acrescentado que "a principal missão do banco é preservar a sua saúde financeira, da qual faz parte um caixa prudencial, e, em segundo lugar, estar preparado para, em 2018, com mais investimentos sendo demandados em termos de financiamentos, sermos capazes de atender"

Rio de Janeiro - Paulo Rabello de Castro toma posse na presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) (Fernando Frazão/Agênci Brasil) (Foto: Aquiles Lins)
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Agência Brasil - O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, informou hoje (14) que recebeu um pedido do governo federal para devolver R$ 180 bilhões emprestados pela União, mas busca uma forma de atender "à necessidade emergencial" do governo sem perder a capacidade de conceder empréstimos. Rabello de Castro alertou que a devolução do valor solicitado pelo governo reduziria o tamanho do BNDES.

"Não é a solução mais inteligente, no sentido que diminui o tamanho do banco. Diminui as características emprestadoras do banco", disse, acrescentado que "a principal missão do banco é preservar a sua saúde financeira, da qual faz parte um caixa prudencial, e, em segundo lugar, estar preparado para, em 2018, com mais investimentos sendo demandados em termos de financiamentos, sermos capazes de atender".

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O presidente do BNDES participou do Seminário Internacional Infraestrutura: A engenharia na Retomada dos Investimentos, organizado pela Associação Brasileira de Consultores de Engenharia.

Rabello de Castro disse em sua palestra que o caixa do BNDES conta atualmente com R$ 170 bilhões, e que cresceu "momentaneamente" nos últimos anos por causa da recessão na economia brasileira, quando a demanda por financiamentos caiu. Ele prevê que ao menos R$ 120 bilhões dos recursos disponíveis atualmente poderão ser demandados no curto prazo.

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A expectativa do BNDES para 2017 é atingir R$ 80 bilhões em desembolsos, segundo o presidente. Se a meta não for concluída, a previsão é que esse número poderá ser concluído até fevereiro ou março do ano seguinte.

O presidente do BNDES comentou ainda o processo de seleção da nova administração do Grupo JBS. O banco é proprietário de 21% do grupo, o que garante o direito a dois assentos no conselho de administração. "Queremos influir indiretamente na escolha, principalmente da diretoria financeira da empresa", disse.

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Rabello de Castro disse que o interesse do BNDES, desde quando assumiu a presidência do banco, foi estabelecer uma governança profissional na JBS, e se decisões do conselho não foram cumpridas, isso só demonstra que a governança precisa ser melhorada.

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