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Economia

Quebra de safra argentina anima exportadores de soja brasileiros

Brasil deverá ocupar mercados de soja, farelo e óleo de soja que a Argentina eventualmente deixe vazios em função de perdas decorrentes de inundações que afetam a safra do país vizinho; Argentina é o terceiro exportador global de soja em grão, atrás de Brasil e Estados Unidos, mas é líder na exportação de farelo e óleo de soja; estimativa é que as chuvas e inundações poderão reduzir a colheita argentina em cerca de 15%; em abril, as exportações de soja do Brasil superaram 10 milhões de toneladas ao mês pela primeira vez na história, o que eleva a competividade do país para ocupar o espaço resultante das dificuldades argentinas

Brasil deverá ocupar mercados de soja, farelo e óleo de soja que a Argentina eventualmente deixe vazios em função de perdas decorrentes de inundações que afetam a safra do país vizinho; Argentina é o terceiro exportador global de soja em grão, atrás de Brasil e Estados Unidos, mas é líder na exportação de farelo e óleo de soja; estimativa é que as chuvas e inundações poderão reduzir a colheita argentina em cerca de 15%; em abril, as exportações de soja do Brasil superaram 10 milhões de toneladas ao mês pela primeira vez na história, o que eleva a competividade do país para ocupar o espaço resultante das dificuldades argentinas (Foto: Paulo Emílio)
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Por Roberto Samora, Reuters - O Brasil ocupará mercados de soja, farelo e óleo de soja que a Argentina eventualmente deixe vazios em função de perdas decorrentes de inundações que afetam a safra do país vizinho, afirmou um dirigente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

A Argentina é o terceiro exportador global de soja em grão, atrás de Brasil e Estados Unidos, mas é líder na exportação de farelo e óleo de soja.

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Especialistas na Argentina avaliam que as inundações, que atingiram cerca de um terço da safra em abril, poderão reduzir a colheita em cerca de 15 por cento.

As preocupações com a quebra de safra argentina, cuja colheita também foi atrasada pelas inundações, levaram os contratos futuros da soja a máximas de 15 meses nesta terça-feira na bolsa de Chicago, a 10,57 dólares por bushel.Enquanto isso, o Brasil já colheu cerca de 90 por cento de sua safra recorde próxima de 100 milhões de toneladas e trabalhava, antes mesmo das notícias de perdas na Argentina, com expectativa de exportar e processar os maiores volumes da história em 2016.

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"O Brasil e Argentina têm comercialização (de soja) mais ou menos no mesmo período. A Argentina entra um pouco depois da nossa... Se olhar o aspecto temporal, (essa perda na Argentina) possivelmente vai ajudar o Brasil", afirmou à Reuters o secretário-geral da Abiove Fábio Trigueirinho.

Em abril, as exportações de soja do Brasil superaram 10 milhões de toneladas ao mês pela primeira vez na história.

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"Isso beneficia o Brasil, que vai ter condição de colocar mais farelo, grão e óleo no mercado. Tem possibilidade de vender mais produtos este ano", acrescentou o executivo da entidade que reúne grandes tradings e indústrias como ADM, Bunge, Cargill, Louis Dreyfus e Cofco Agri.

O efeito nos preços internacionais, em função da quebra de safra argentina, também tem potencial de elevar as receitas com os embarques de soja, o principal produto de exportação do Brasil, cuja indústria previu no mês passado divisas de 25,3 bilhões de dólares em 2016.

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O executivo disse acreditar que o Brasil deverá ser mais beneficiado que os Estados Unidos --que estão em entressafra, em período de plantio de soja--, caso o mercado internacional tenha que eventualmente preencher uma redução nos embarques argentinos.

"O nosso perfil de exportação é mais próximo da Argentina do que dos Estados Unidos", afirmou ele, lembrando ainda que os argentinos em algumas oportunidades já se beneficiaram de problemas no Brasil, no passado.

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Entretanto, ele disse não ter informações sobre o tamanho da perda de safra da Argentina e não quis estimar o potencial ganho de participação do Brasil no mercado global.

"Não sei se a quebra vai ser tudo isso", disse ele, ao ser confrontado com estimativas de perdas na safra argentina. "Realmente, as chuvas foram excessivas, o quadro de que alagou (a safra) é verdade, mas geralmente as chuvas não causam tantos problemas como a seca. Logicamente, atrapalha a qualidade, tem perdas..."

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Trigueirinho ponderou ainda que os argentinos têm estoques, que poderiam compensar parte das perdas registrada na safra.

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