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Economia

Querem a cabeça do presidente do BB

Alvo de fogo amigo, Aldemir Bendine continua sendo questionado por ter comprado o Banco Postal sem um parecer tcnico

Querem a cabeça do presidente do BB (Foto: Divulgação)
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247 – Pela segunda semana consecutiva, a revista Época traz reportagem que tenta colocar o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, em maus lençóis. O pretexto é a compra do Banco Postal, por R$ 2,3 bilhões sem um parecer técnico – na disputa, o Bradesco ofereceu apenas R$ 50 milhões a menos.

Em outros tempos, a transação não despertaria maiores problemas. Mas como o fogo amigo corre solto em Brasília, é um indício de que há uma disputa intensa pelo cargo de Bendine, cujo principal aliado é o ministro Gilberto Carvalho.

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Leia, aqui, reportagem da revista Época desta semana:

O procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Júlio Marcelo de Oliveira, encaminhou na quinta-feira (15) ofício ao presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, em que solicita informações sobre a participação do BB na exploração de serviços bancários do Banco Postal, vinculado aos Correios. Na edição desta semana, ÉPOCA revelou que o BB ganhou o leilão, em maio, com uma oferta de R$ 2,3 bilhões, sem a contratação de uma opinião externa, denominada "fairness opinion" (opinião justa), para respaldar o negócio. O parecer é importante para quantificar o valor de um determinado negócio e salientar riscos para os acionistas da empresa. A partir de 2 de janeiro, o Banco do Brasil terá o controle do Postal por cinco anos.

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Segundo o ofício, o procurador estabelece o prazo de 30 dias para Bendine encaminhar ao Ministério Público cópias de estudos e pareceres que fundamentaram a decisão do banco de participar do leilão promovido pelos Correios. Oliveira também cobra explicações a Bendine sobre a opção de o BB não ter contratado uma opinião externa especializada nesse caso, ao contrário do que ocorreu na aquisição de participações nos bancos Nossa Caixa, Votorantim, Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) e Patagônia (argentino). “As informações requisitadas devem vir necessariamente acompanhadas da devida documentação comprobatória, em meio físico ou digital”, diz o ofício. Em nota, o Banco do Brasil afirmou: “Caso o BB seja oficiado, responderá nos termos da lei”.

Leia também reportagem recente do 247 sobre o caso:

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247 – Se o fogo amigo foi planejado, a execução se deu com requinte de crueldade. Neste sábado, 10 de dezembro, Adelmir Bendine, presidente do Banco do Brasil, faz aniversário. Dida, como ele é chamado pelos amigos, pretendia comemorar a data em família, sem maiores preocupações. Ex-office-boy, ele dedicou mais de três décadas ao Banco do Brasil até chegar à presidência. Na sua gestão, com uma política agressiva de concessão de créditos, o BB voltou a ser o maior banco do País, retomando uma posição que havia sido perdida para o Itaú Unibanco. Neste sábado, no entanto, Bendine entrou na linha de tiro. Uma reportagem da revista Época (leia mais aqui), revela que ele está na mira de Nelson Barbosa, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, em razão da compra do Banco Postal por R$ 2,3 bilhões.

De acordo com a reportagem, o erro de Bendine teria sido fechar a compra do Banco Postal sem uma “fairness opinion”, documento que atesta se o valor da aquisição seria justo ou não. Também de acordo com a reportagem, o Bradesco, que detinha a concessão para operar o Banco Postal nos mais de 6 mil pontos dos Correios, teria considerado o preço pago pelo Banco do Brasil “irracional”. Só que há um detalhe: o Bradesco ofereceu R$ 2,25 bilhões, apenas R$ 50 milhões a menos do que o Banco do Brasil – uma diferença de apenas 2,2%.

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Na reportagem, há também uma declaração em “on”, do vice-presidente da Caixa Econômica Federal, José Henrique da Cruz. “Achávamos que venceríamos com R$ 1,8 bilhão”, diz ele. É a típica declaração aparentemente “neutra”, mas calculada para colocar em maus lençóis o presidente do BB. Ela só não funciona porque a Caixa tem muito mais a explicar com a compra do Panamericano do que o BB com a aquisição do Banco Postal.

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