Reunião ministerial: privatização do BB e ambiguidade sobre interferência de Bolsonaro na PF agradou os especuladores
A divulgação da reunião ministerial do governo federal acabou gerando um otimismo para investidores que esperavam um conteúdo mais devastador para o governo
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247 - A divulgação de reunião ministerial do governo federal agradou alguns investidores da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A ambiguidade da declaração de Jair Bolsonaro sobre a interferência na Polícia Federal, vista por uns, e a ausência de novos fatos extremamentes negativos para o governo federal - somados à declaração de Paulo Guedes a favor da privatização da “porra do Banco do Brasil” - foi vista com bons olhos pelos especuladores, informam matérias da VEJA e do Valor.
Por volta das 11h30 desta segunda-feira, 25, o Ibovespa (principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo) operou em alta, subindo 3,66% para a casa de 85.182 pontos. Já o dólar comercial operava em queda de 2,06%, ficando em cerca de R$ 5,45. As ações do Banco do Brasil também subiram - cerca de 8,10% - e puxou as units do Santander (4%), as ações ordinárias do Bradesco (4,75%) e o Itaú (2,6%). Para os analistas isso é um reflexo direto da divulgação de reunião de Bolsonaro com os ministros, em 22 de abril. No dia da divulgação do vídeo, com medo da instabilidade que este poderia causar ao governo, a bolsa caiu 1,21%.
A VEJA informa que para Pablo Spyer, diretor da corretora Mirae Asset, os índices futuros da bolsa já sinalizavam alta durante a sexta-feira, e o que ocorre na abertura do pregão desta segunda é um ajuste nas expectativas. “Há diversos países sinalizando a saída do isolamento social e volta do comércio, somando isso com o risco político menor, essa alta é esperada”, afirma.
O artigo também traz a opinião de Gustavo Bertotti, chefe de renda variável da Messem Investimentos, que disse haver uma “ausência de novidades no vídeo da reunião ministerial quanto a interferência de Bolsonaro na PF” e uma “importante informação para o mercado, que é a sinalização do ministro Paulo Guedes sobre a privatização do Banco do Brasil”. “A importância do banco no mercado brasileiro ajuda no otimismo do mercado”, reforçou.
Já a matéria do Valor diz que: “para gestores, o que há ali é apenas "mais do mesmo", com o presidente disparando palavrões e sem nada que prometa derrubar seu governo ou a agenda econômica. Assim, afasta-se mais um risco e a tendência é curto prazo é de alívio, especialmente hoje, dia de liquidez reduzida nos mercados globais”.
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