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Economia

Ricupero protesta contra submissão de Bolsonaro a Trump

"O governo precisa perceber que, neste mundo de competição pelo comércio internacional, o interesse do Brasil é permanecer autônomo e ter o máximo de ganhos em cada negociação. É ingênuo se alinhar com uma potência", diz o embaixador Rubens Ricupero, ao comentar as sobretaxas impostas pelos Estados Unidos ao aço brasileiro

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247 – A política de externa de Jair Bolsonaro, que aceita passivamente um projeto de domínio do Brasil pelos Estados Unidos, foi duramente criticada pelo embaixador Rubens Ricupero, em entrevista ao jornalista Douglas Gavras, publicada no jornal Estado de S. Paulo. Ricupero falou especificamente sobre as tarifas impostas pelos norte-americanos sobre o aço brasileiro.

"Esse episódio tornou patente o que já sabíamos: que era uma grande ficção a ideia de que o presidente Bolsonaro e seu filho Eduardo tinham canal direto com Trump. O que podemos notar é que as nossas relações internacionais estão baseadas em premissas totalmente falsas, é uma visão alienada em relação ao mundo e em relação ao Brasil. O governo precisa perceber que, neste mundo de competição pelo comércio internacional, o interesse do Brasil é permanecer autônomo e ter o máximo de ganhos em cada negociação. É ingênuo se alinhar com uma potência", disse ele.

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"A ideia de o Brasil ser um dos aliados principais fora da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) é um equívoco. Aliado significa escolher um lado - neste caso, o americano, que está em conflito com países como China e Rússia, com os quais o Brasil não está em conflito neste momento. No caso da China, no momento em que se fez o último leilão de petróleo, as únicas empresas estrangeiras que participaram eram chinesas. Quando o Brasil precisou, quem socorreu não foi o governo Trump. Imagine se o deputado Eduardo Bolsonaro tivesse mesmo virado embaixador nos Estados Unidos e a gente acordasse com esse tuíte do Trump? Seria um vexame maior", afirmou ainda o embaixador.

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