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Economia

Sakamotto ironiza chefe da CNI e propõe revogação da Lei Áurea

"Olha que ideia excelente para ser abraçada pelos empresários! Convenhamos que nunca conseguimos inserir em direitos a população libertada no final do século 19 e seus descendentes continuam a ser tratados como carne de segunda", diz o blogueiro Leonardo Sakamotto, ao comentar a proposta da CNI de uma jornada semanal de 80 horas de trabalho; "E isso iria ao encontro de um pedido empresarial de mão de obra barata e de uma das frases de caminhoneiro que nosso presidente interino mais gosta: 'não fale de crise, trabalhe'''

"Olha que ideia excelente para ser abraçada pelos empresários! Convenhamos que nunca conseguimos inserir em direitos a população libertada no final do século 19 e seus descendentes continuam a ser tratados como carne de segunda", diz o blogueiro Leonardo Sakamotto, ao comentar a proposta da CNI de uma jornada semanal de 80 horas de trabalho; "E isso iria ao encontro de um pedido empresarial de mão de obra barata e de uma das frases de caminhoneiro que nosso presidente interino mais gosta: 'não fale de crise, trabalhe''' (Foto: Leonardo Attuch)
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247 – O blogueiro Leonardo Sakamotto ironizou o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Andrade, no artigo Em nome da economia brasileira, proponho revogar a Lei Áurea, ao comentar sua proposta de jornada de 80 horas semanais de trabalho.

"Fico pensando o que deve passar pela cabeça de uma pessoa que mora no interior do país, trabalha até não aguentar mais, recebendo um salário de fome, tendo que depender de programas de renda mínima para comprar o frango do aniversário do filho, quando vê na sua TV empresários culpando a jornada de trabalho, as leis trabalhistas e a Previdência Social pelas desgraças planetárias", diz Sakamotto.

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"O desejo dos industriais representados pela fala de Andrade vai na direção oposta às demandas das centrais sindicais, que possuem, entre suas principais reivindicações, a redução da jornada de 44 para 40 horas semanas. A última redução ocorreu há 28 anos, na Constituição de 1988, quando caiu de 48 para 44 horas", afirma.

Se o pensamento é tão arcaico, diz ele, por que não revogar a Lei Áurea? "Olha que ideia excelente para ser abraçada pelos empresários! Convenhamos que nunca conseguimos inserir em direitos a população libertada no final do século 19 e seus descendentes continuam a ser tratados como carne de segunda, a sofrer todo o tipo de preconceitos e a receber bem menos que os brancos pela mesma função, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho. E isso iria ao encontro de um pedido empresarial de mão de obra barata e de uma das frases de caminhoneiro que nosso presidente interino mais gosta: 'não fale de crise, trabalhe'''.

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