Sindicato com 400 mil policiais critica Bolsonaro: “Ele nos abandonou”
Uma das principais forças de tração para o presidente Jair Bolsonaro (PSL) chegar ao Palácio do Planalto, os agentes de segurança centralizam agora um nódulo de tensão no governo. Com um distanciamento desencadeado logo após as eleições de 2018, a carreira encampa uma manifestação para a próxima terça-feira (21/05/2019) e vive o momento de maior atribulação com o pesselista
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Metrópoles - Uma das principais forças de tração para o presidente Jair Bolsonaro (PSL) chegar ao Palácio do Planalto, os agentes de segurança centralizam agora um nódulo de tensão no governo. Com um distanciamento desencadeado logo após as eleições de 2018, a carreira encampa uma manifestação para a próxima terça-feira (21/05/2019) e vive o momento de maior atribulação com o pesselista.
O combustível para a crise são as mudanças propostas pelo governo na aposentadoria da carreira. Atos em estados se estendem desde o início do mês. Sabendo dos riscos de ter como inimigos os agentes de segurança, integrantes do alto escalão do governo tentam — até o momento sem sucesso — amenizar o clima.
Na última terça-feira (14/05/2019), entrou em campo o secretário Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho. Ele tentou convencer representantes da União dos Policiais do Brasil (UPB) da necessidade de mudanças no sistema previdenciário. Não teve êxito.
Decepção e abandono
Após a reunião, André Luiz Gutierrez, presidente da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), uma das 28 entidades representativas da UPB, conversou com o Metrópoles. Ele é o mobilizador nacional do ato da próxima semana.
"Não vamos recuar da manifestação. Isso é para mostrar o descontentamento com o presidente Bolsonaro por ele ter nos abandonado, numa postura diferente do que aconteceu em campanha. Ele prometeu que seríamos valorizados. Agora, com a reforma da Previdência, ele está tirando direitos conquistados ao longo de décadas", criticou.
Para Gutierrez, a impressão que fica é que o presidente traiu a categoria ou pelo menos tem virado as costas aos policiais. "Votamos, trabalhamos em massa e buscamos votos para ele. Até hoje, não conseguimos falar com o presidente. Estamos decepcionados, nos sentindo abandonados", completa.
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