"A igreja da tecnologia pode destruir as democracias", diz Miguel Nicolelis
Cientista afirma que o cérebro humano não pode ser reduzido a um algoritmo

247 – O cientista Miguel Nicolelis afirmou, em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, que a inteligência artificial não é nem inteligente nem artificial. "São sistemas computacionais baseados em grandes bancos de dados. O cérebro humano não pode ser reduzido a um algoritmo", disse ele.
Na entrevista, ele afirmou que os usuários, seres humanos, estão treinando o chat GPT e falou sobre o diferencial do cérebro humano. "É ele que nos provê a interpretação de tudo que vemos à nossa volta. O cérebro é um camaleão e existe para maximizar a nossa chance de sobrevivência. Meu medo é a gente se comportar como um sistema digital", afirmou. "Na Finlândia há discussões sobre retirar o computador da sala de aula. O desenvolvimento criativo está sendo afetado. Fora isso, os índices de fraudes nos exames têm sido cada vez maiores", alertou.
Nicolelis disse ainda que o cérebro humano pode se tornar menos capaz com excesso de inteligência artificial. "A interação humana na educação é o grande passo do aprendizado e o chat GPT na redação pode matar a capacidade de expressão do ser humano", apontou. "Vivemos o movimento de maior tribalização da história da humanidade e a igreja da tecnologia pode destruir as democracias", disse ainda Nicolelis.
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