CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Entrevistas

É óbvio que o imperialismo disputa os processos sociais, mas isso não invalida o desconforto de quem vai às ruas, diz Medeiros

Para Juliano Medeiros, movimentos de massa não têm a priori uma identificação política à esquerda ou à direita: "Isso é parte da disputa política”

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | ABr)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - As manifestações da década de 2010 que abalaram diversos países refletiram uma insatisfação popular genuína, apesar de alguns movimentos terem sido capturados por interesses estrangeiros, defendeu o presidente do Psol, Juliano Medeiros, em entrevista à TV 247. Segundo o dirigente partidário, o desgaste dos projetos de poder vigentes foi disputado tanto pelas forças de esquerda como por forças imperialistas em eventos como as ‘Jornadas de Junho’, em 2013, e a ‘Primavera Árabe’.

“É óbvio que o imperialismo disputa esses processos sociais. Algumas vezes eles conseguem conduzir esses processos para sua agenda política, e algumas vezes não”, disse.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Para evitar um eventual revés, recomendou Medeiros, os movimentos progressistas deveriam perder o “medo” de processos sociais de contestação que não estão sob o seu controle, assim como as pessoas deveriam deixar de enxergar tais processos como simplesmente operações do setor de inteligência dos Estados Unidos, que estaria orquestrando guerras híbridas de desestabilização social através de ‘revoluções coloridas’. 

Sobre as ‘Jornadas de Junho’, o presidente do Psol comentou: “[Os protestos] revelaram um mal-estar genuíno e legítimo da sociedade brasileira em relação a uma série de limitações do projeto do PT no poder, que reduziu as desigualdades, valorizou o salário mínimo e gerou um processo de integração regional soberana, mas não resolveu todos os problemas. Depois de uma década, isso gerou um desconforto e mal-estar por conta das obras da Copa do Mundo e outros investimentos, além de passivos das grandes cidades que não eram enfrentados. Às vezes nem foi culpa do PT, e sim do prefeito ou do governador”. 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

“Alí perdemos. Aquele processo não foi hegemonizado pelas ideias de esquerda, mas esse fato não significa que o processo todo tem que ser rechaçado e visto como uma operação estrangeira”, avaliou.

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO