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Entrevistas

"O governo Lula depende crucialmente da economia", diz Paulo Nogueira Batista Júnior

"Estabilização democrática não enche barriga", lembra o economista

Paulo Nogueira Batista (à esq.) e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | REUTERS/Agustin Marcarian)
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247 – O economista Paulo Nogueira Batista Júnior afirmou, em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, que o adiamento da viagem presidencial à China não vai esfriar a relação Brasil-China. "O Brasil não escolherá nenhum lado na disputa entre Estados Unidos e China", disse ele, que também exaltou a escolha da ex-presidente Dilma Rousseff para comandar o banco dos BRICS. "Eu fui uma das pessoas que pediram à Dilma para aceitar o convite. Dilma vai interagir com os líderes dos países sócios e vai colocar pressão no corpo técnico para que o banco seja o que foi concebido para ser. O banco dos BRICS pode ser co-financiador de projetos de interesse no Brasil", apontou.

Na entrevista, ele afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisa rapidamente trazer melhores resultados na economia. "O governo Lula depende crucialmente da questão econômica. Sem retomada econômica, o desgaste será muito grande. Os adversários do governo sabem disso e não veem com maus olhos a imobilização do governo", aponta. "A área econômica não está entendendo o tamanho do desafio. Várias oportunidades estão sendo perdidas. Uma delas foi a de rever a meta de inflação. O governo Lula não pode fazer indicações pífias para as diretorias do Banco Central", acrescenta.

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Paulo Nogueira também disse que o governo Lula está gastando muita energia em coisas que dão muito trabalho e pouco resultado, como é o caso da reforma tributária. "A diretriz comum do governo deve ser tirar a economia do marasmo e é bom lembrar que estabilização democrática não enche barriga", diz ele. "A classe empresarial não vai trabalhar pelo sucesso do governo Lula. O capital financeiro é hostil ao crescimento", aponta.

O economista também fez um alerta. "Sempre achei Geraldo Alckmin como vice uma opção perigosa. A existência de um vice com o perfil do Alckmin é um chamariz para um novo golpe", diz ele. Na entrevista, ele afirmou que as empreiteiras brasileiras precisam ser resgatadas e disse que a mídia brasileira já está mostrando as garras. 

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