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#100diaspracopa: "Eu acredito no Brasil"

Ronaldo, ex-craque da Seleção e membro do conselho de administração do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo, convida brasileiros a torcerem pelo evento pela sua importância para o Brasil: "Não colocar em perspectiva os investimentos da Copa é uma bola fora. Deixar de viver a maior festa do futebol na nossa casa também"; a exatos 100 dias para sua abertura, ele, no entanto, não citou os atrasos dos estádios; o Itaquerão, palco do jogo de abertura do Mundial, pode ser entregue com um mês de atraso: "Todos os problemas estão sob controle e em 100 dias teremos um início excepcionalmente bom para uma competição excepcional no país do futebol", minimiza o presidente da FIFA, Joseph Blatter  

Ronaldo, ex-craque da Seleção e membro do conselho de administração do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo, convida brasileiros a torcerem pelo evento pela sua importância para o Brasil: "Não colocar em perspectiva os investimentos da Copa é uma bola fora. Deixar de viver a maior festa do futebol na nossa casa também"; a exatos 100 dias para sua abertura, ele, no entanto, não citou os atrasos dos estádios; o Itaquerão, palco do jogo de abertura do Mundial, pode ser entregue com um mês de atraso: "Todos os problemas estão sob controle e em 100 dias teremos um início excepcionalmente bom para uma competição excepcional no país do futebol", minimiza o presidente da FIFA, Joseph Blatter   (Foto: Roberta Namour)
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247 – 100 dias para o início da Copa do Mundo no Brasil. Com um desabafo emocionado, Ronaldo, ex-craque da Seleção brasileira e membro do conselho de administração do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo da Fifa, convida os brasileiros a torcerem pela realização do evento.

Seu maior argumento está no retorno dos investimentos feitos pelo governo: “A Copa do Mundo precisa de investimentos e muito trabalho, mas rende frutos para o país e para a população, representando uma chance única de ter os olhos do mundo voltados para o Brasil por 32 dias”. O embaixador do Mundial não diz, no entanto, como acreditar na Copa do Mundo de 2014 se, a 100 dias de seu início, quatro dos doze estádios previstos ainda não foram entregues.

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São eles: Arena Corinthians (São Paulo), Arena da Amazônia (Manaus), Arena da Baixada (Curitiba) e Arena Pantanal (Cuiabá). O Itaquerão, palco do jogo de abertura entre Brasil e Croácia, pode ser entregue com um mês de atraso, dias antes da bola rolar. Tem 97% das obras concluídas e a previsão inicial de entrega era 31 de dezembro, mas foi adiada devido ao acidente que causou a morte de dois funcionários.

Na área de mobilidade urbana, das 41 intervenções previstas na última versão da Matriz de Responsabilidades, apenas cinco estavam concluídas até o mês passado.

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Nenhum motivo para preocupação, garantem o governo e a própria Fifa. O presidente da FIFA, Joseph Blatter, diz que prevê uma competição de alto padrão no Brasil, a partir de 12 de junho. "Todos os problemas estão sob controle e em 100 dias teremos um início excepcionalmente bom para uma competição excepcional no país do futebol", afirmou o dirigente.

"Cem é um número de dias místico em diferentes aspectos da vida. Isso quer dizer que já estamos preparados e vivemos a alegria da expectativa para a Copa. E nos dá também a possibilidade de fazer algumas pequenas correções. Até que em 12 de junho, no Estádio de São Paulo, uma pomba branca vai partir para o céu para anunciar que o futebol também é para a paz e o fair play", afirmou Blatter.

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Leia o artigo de Ronaldo:

#100diaspraCopa

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Não colocar em perspectiva os investimentos da Copa é uma bola fora. Deixar de viver a maior festa do futebol na nossa casa também
Faltando exatos #100diaspraCopa, várias perguntas vêm à mente dos brasileiros. Quem será nosso camisa 9? O craque será Neymar, Messi ou Cristiano Ronaldo? O atacante Klose, da seleção da Alemanha, vai bater o meu recorde de gols? Estaremos prontos? Qual é o legado da Copa? O dinheiro público investido deveria ir para outro lugar?

Jamais uma Copa do Mundo causou tanta expectativa. São muitas perguntas, mas gostaria mesmo de falar de uma certeza que tenho.
A Copa do Mundo precisa de investimentos e muito trabalho, mas rende frutos para o país e para a população, representando uma chance única de ter os olhos do mundo voltados para o Brasil por 32 dias.

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Vamos imaginar que o país seja uma família e a sua renda mensal o Orçamento da União em 2014. Essa família tem uma renda mensal de R$ 2.480. Desse orçamento, R$ 188 vão para a saúde e educação dos filhos. Essa mesma família, nos últimos sete anos, sem qualquer prejuízo ao orçamento mensal, tirou R$ 3,90 da "poupança" e investiu num negócio, que vai gerar empregos e pagar impostos.

O "novo negócio" são os estádios da Copa. Segundo a matriz de responsabilidades publicada pelo Ministério do Esporte, R$ 3,9 bilhões do investimento total das arenas serão financiados pelo BNDES, sem qualquer relação com o Orçamento da União destinado à saúde e educação, que de acordo com dados oficiais só aumentou desde a escolha do Brasil como sede da Copa.

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Valor semelhante está sendo investido diretamente nos estádios pelos governos locais, que viram na Copa uma oportunidade única de tirar do papel projetos de mobilidade urbana e infraestrutura, ganhar projeção internacional e lucrar com os R$ 25 bilhões que a Embratur estima que os turistas gastarão. E --por que não?-- ter arenas multiuso que ofereçam a qualidade que nossos torcedores merecem.

Na semana passada, ao mesmo tempo em que se discutia em Porto Alegre o investimento de R$ 40 milhões em estruturas complementares necessárias para transformar o "gigante da Beira-Rio", do Internacional-RS, num estádio de Copa, um estudo do governo do Rio Grande do Sul mostrava que o evento deve significar um aumento de R$ 500 milhões no PIB gaúcho. Acho injusto que os investimentos feitos para a Copa não sejam colocados lado a lado dos números do retorno que o evento trará ao nosso país e às 12 sedes. Fora valores incalculáveis como o retorno de mídia espontânea gerado por um evento assistido por metade da população mundial.

A Copa se faz com estádios, sim. E sem escolas e hospitais, não se faz um país. Essas duas afirmações são complementares, não excludentes. Saúde e educação são áreas prioritárias: basta comparar os R$ 758 bilhões investidos nelas desde 2007, quando o Brasil comemorou a sua escolha como país-sede, com o investimento total de R$ 8 bilhões nos estádios. E é assim que deve ser.

Sim, vai ter Copa. Eu acredito no Brasil, dentro e fora de campo. Somos pentacampeões, mas também nos destacamos em biocombustíveis, exploração de petróleo, produção de aviões e temos uma agroindústria que alimenta boa parte do planeta.

Realizamos com sucesso a ECO-92, a Rio+20 e a Copa das Confederações. Temos inúmeras celebrações regionais, uma das maiores festas de Réveillon do mundo e o Carnaval. Não tenho dúvidas de que temos competência para sediar uma grande Copa do Mundo.

O Brasil vem avançando muito, social e economicamente, e corrigindo desigualdades nos últimos anos. Precisamos continuar buscando um país melhor. Essa final se joga de dois em dois anos, e em outubro, não em julho. Não colocar os investimentos que a Copa está trazendo e acelerando em perspectiva é uma tremenda bola fora. Para mim, deixar de viver a maior festa do futebol na nossa casa também.

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