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A #CopadasCopas merece correr o risco Itaquerão?

Cercada por elementos de tensão, Copa do Mundo tem risco logo na estreia, dentro de 86 dias; inacabado, sem cobertura completa e telões, estádio do Corinthians não terá passado por nenhum teste importante antes de receber a partida Brasil X Croácia; responsável pela obra, Andres Sanchez diz que explicações serão dadas após inauguração; construtora Odebrechet, de Marcelo Odebrecht, lava as mãos antecipadamente e diz que só fez o que o cliente pediu; enquanto isso, novo Maracanã, no Rio de Janeiro, e Mané Garrincha, em Brasilia, são aplaudidos pelo público e profissionais do esporte; não seria mais prudente abrir o Mundial numa arena já consolidada em lugar de um estádio terminado a toque de caixa?

Cercada por elementos de tensão, Copa do Mundo tem risco logo na estreia, dentro de 86 dias; inacabado, sem cobertura completa e telões, estádio do Corinthians não terá passado por nenhum teste importante antes de receber a partida Brasil X Croácia; responsável pela obra, Andres Sanchez diz que explicações serão dadas após inauguração; construtora Odebrechet, de Marcelo Odebrecht, lava as mãos antecipadamente e diz que só fez o que o cliente pediu; enquanto isso, novo Maracanã, no Rio de Janeiro, e Mané Garrincha, em Brasilia, são aplaudidos pelo público e profissionais do esporte; não seria mais prudente abrir o Mundial numa arena já consolidada em lugar de um estádio terminado a toque de caixa? (Foto: Gisele Federicce)
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247 – A 86 dias da Copa do Mundo, a sede da abertura não está pronta e já se sabe que será entrega incompleta. Trata-se do estádio do Itaquerão, em São Paulo. O responsável pela arena, Andres Sanchez, ex-presidente do Corinthians, culpa o BNDES e um acidente pelo fato de a obra não ser entregue completa. A construtora responsável, a Odebrecht, lava as mãos e diz que fez o que o cliente pediu. Em meio a esse empurra-empurra de responsabilidades, o certo é que mais um elemento de tensão está colocado sobre o maior evento esportivo que o Brasil irá sediar. 

O Corinthians, que é dono do estádio, já admitiu que diversos itens não ficarão prontos a tempo. A construtora Odebrecht afirma que 97% das obras estão concluídas e, ao 247, respondeu que o contrato firmado com o Corinthians "não inclui as chamadas estruturas temporárias e serviços de acabamento final em determinados espaços como, lanchonetes e lojas, que deverão ser finalizadas e decoradas de acordo com cada futuro concessionário". Depois do dia 15, certamente haverá uma correria para que empresas sejam contratadas e estruturas sejam colocadas temporariamente. O custo, porém, será maior. E ninguém poderá garantir a qualidade e a transparência desses serviços, feitos às pressas.

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A abertura de uma Copa do Mundo atrai chefes de Estado de diversos países. O mundo todo voltará suas atenções para esta partida, que não deixa de ser uma demonstração do restante do evento. Qualquer falha será amplamente divulgada na imprensa internacional, assim como observada – e vivenciada – pelas diversas autoridades e jornalistas presentes. A falta de telões, iluminação, carpetes e acabamento não passará despercebida aos olhos do mundo. A imagem do Brasil estará em risco.

A pergunta que não quer calar, nesse caso, é: por que um evento tão importante, como a abertura de uma Copa do Mundo, acontecerá num local que não oferece garantias de que tudo sairá conforme o planejado? A justificativa não pode ser a falta de opções.

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O Maracanã, no Rio, recebeu uma gigantesca reforma em sua estrutura, e está pronto para receber jogos do Mundial, inclusive a abertura. No entanto, não há garantia nem de partidas da seleção brasileira na arena durante a Copa. O Mané Garrincha, em Brasília, é outro que não deixaria o Brasil passar vergonha neste momento crucial.

E o mais importante: os dois já passaram por testes decisivos. Na Copa das Confederações, no ano passado, o estádio da capital federal foi responsável pela abertura, enquanto o do Rio de Janeiro foi o palco da final.

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Em vez disso, a Fifa tem feito uma escolha duvidosa. A abertura da Copa no Itaquerão deve não apenas fazer com que o País gaste mais, mas também com que a Copa das Copas, como prega a presidente Dilma, não dê o primeiro passo de forma gloriosa.

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